No domínio social, são inúmeras as instituições e pessoas, muitas delas voluntárias, que se têm notabilizado no apoio aos mais fragilizados e economicamente vulneráveis ou simplesmente por darem um pouco da afecto a quem está sozinho.
Este ano, até pela data simbólica que vive, a comemoração dos 75 anos de existência, decidimos distinguir a Casa do Gaiato de Paço de Sousa que, ainda que não com o fulgor de outrora, continua a ajudar rapazes “de rua”, sem família ou condições económicas.
A instituição foi fundada pelo Padre Américo e sofreu muitas mudanças. O número de rapazes apoiados chegou a ser de cerca de 200 e hoje é apenas de 30 e passaram a ir à escola fora, deixando de existir a maioria das oficinas.
Ainda assim, a Casa, que junta rapazes de diferentes idades e proveniências, continua a tentar ser isso mesmo, uma casa, um lar para estes jovens que não o têm. O modelo educativo implementado, com base numa gestão familiar, em que cada um tem o seu papel e cada rapaz é convidado a desempenhar tarefas (mediante a idade), mantém-se praticamente inalterado. Ajudam nas refeições, nas limpezas do espaço exterior, na agricultura, entre outros.
75 anos depois a Casa do Gaiato continua a ser uma referência, perseguindo na missão de educar formar crianças e jovens para o qual foi criada. Quem lá vive diz gostar. “É uma obra dos rapazes, pelos rapazes e para os rapazes”.
Obra de Caridade ao Doente e ao Paralítico de Paredes – Sopa Solidária de Paredes
Num outro âmbito, combatendo a carência e a solidão em Paredes, está o projecto Sopa Solidária, da Obra de Caridade ao Doente e ao Paralítico de Paredes.
A iniciativa nasceu há cerca de 15 anos e tem possibilitado ajudar cidadãos mais vulneráveis ou com maiores dificuldades. O projecto conta com voluntários que de uma forma desinteressada e sem qualquer objectivo que não seja ajudar os que nada têm, conseguem levar um pouco mais de conforto e dignidade a estes cidadãos.
Além do apoio material, estes encontros semanais permitem dar um apoio emocional a quem está sozinho e precisa de convívio. Os jantares juntam sobretudo quem já se conhece e têm ambiente familiar.
A associação serve cerca de 40 refeições duas vezes por semana, às terças e quintas-feiras. Um número que cresce até às 90 a 100 pessoas em jantares especiais. E não se fecha a porta a ninguém. Os voluntários, principal sustento deste trabalho solidário, garantem que “quando se faz por gosto não cansa”.
Músicos solidários
Não fugindo ao voluntariado, há cinco anos que alguns músicos vão ao Hospital Padre Américo, em Penafiel, na quadra natalícia, para levar música, alegria e amor aos doentes internados, numa iniciativa que conta com a parceria da Liga de Amigos do Hospital Padre Américo.
A iniciativa nasceu pela mão do penafidelense Eduardo Peixoto e repete-se porque é uma forma de dar e receber afecto e de fazer a diferença. Os doentes gostam, cantam, batem palmas e alguns chegam mesmo a emocionar-se.
Parece-nos que todos os que deixam o conforto do sofá e doam o seu tempo em prol da alegria dos outros, sobretudo em época de Natal, merecem um reconhecimento.
Conheça os premiados das outras categorias:
Entidade Desportiva/Desportista do Ano