Todos os anos, a nossa maior dificuldade, confessamos, é eleger um político do ano. Isto porque praticamente todos os principais actores políticos que acompanhamos nesta vasta região vão dando motivos para merecerem esta distinção. Nenhum deles é, no entanto, perfeito.
Na nossa opinião, Humberto Brito foi um dos que mais se destacou em 2018. Desde logo por ver ganhar força um projecto que, à partida, parecia uma quimera tão irreal que ninguém quis acreditar: a ferrovia no Vale do Sousa, que vai ser estudada pelo Governo. Por ser persistente, o presidente da Câmara de Paços de Ferreira conseguiu levar a água ao seu moinho e convencer os demais autarcas da região de que este novo troço ferroviário fazia sentido.
Entre outros, este foi também o ano em que o município passou a oferecer as refeições escolares a todos os alunos do primeiro ciclo, uma medida “inovadora” que abrange 2.164 alunos e terá um custo anual a rondar os 380 mil euros. No âmbito social foi ainda lançado um projecto de combate à solidão dos idosos, levando-lhes afecto. Chama-se “Abraça-me” e quer sensibilizar os jovens para o problema crescente do abandono e da solidão de idosos, desafiando-os para o voluntariado.
Ainda em 2018, a Câmara de Paços de Paços de Ferreira, sob a liderança de Humberto Brito, anunciou a maior recuperação financeira em quatro anos de um município em Portugal, tendo conseguido uma redução de dívida de mais de 22 milhões de euros sob a gestão deste executivo e tido um resultado positivo de dois milhões de euros, o que não acontecia há uma década.
Foi também Humberto Brito que assinou o contrato de consignação que permite que avance a obra de ampliação e remodelação da ETAR de Arreigada, há muito reivindicada e que, espera-se, consiga pôr fim a grande parte da poluição existente no Rio Ferreira.
Alexandre Costa, presidente da Junta de Paços de Ferreira
Alexandre Costa é outro repetente. Não é a primeira vez que optamos por realçar o trabalho feito por este presidente de junta. Não seria o único a merecer esta distinção. Todos os autarcas de freguesia desta região têm o condão de fazer muito com pouco, na velha receita de fazer omeletas praticamente sem ovos.
O presidente da Junta de Freguesia de Paços de Ferreira continua o seu trabalho de dinamização da freguesia, que além do centro da cidade integra Modelos, procurando atrair pessoas e criar um sentimento de pertença. São exemplo disso a Festa do Vizinho ou a Festa do Chocolate, entre diversas acções culturais.
Mas este ano, decidimos destacar o seu trabalho em prol da integração social. É que Alexandre Costa opta por contratar presos do Estabelecimento Prisional do Vale do Sousa apesar de ficar mais caro do que ir buscar um funcionário ao centro de emprego, permitindo aos reclusos uma aproximação à vida que hão-de ter quando regressarem à liberdade.
Esta foi a primeira junta de freguesia a celebrar um protocolo para reinserção de reclusos. “O nosso factor de decisão não podia ser só o económico, também tinha que ser um factor social, de inclusão e reintegração”, sustenta o autarca.
Pedro Machado, presidente da Câmara Municipal de Lousada
A postura e o desempenho de Pedro Machado, autarca de Lousada, também já foram, por nós, várias vezes, elogiados. De forma discreta, este presidente da câmara vai realizando um trabalho de continuidade, sem grandes “fogos-de-artificio”, mas que tornam Lousada num bom concelho para viver.
Em 2018 não se viram, mais uma vez, anúncios de obras mirabolantes ou de captação de investimentos, apesar de várias empresas criarem postos de trabalho, e a autarquia continuou a fazer o que parece saber fazer bem: manter as contas em dia; ter “uma política fiscal amiga das famílias”, com o IMI no mínimo; investir na cultura e no desporto, procurando atrair a manter os jovens e continuar a ostentar o título de concelho mais jovem do país; continuar a aposta no ambiente, distribuindo e plantando árvores, e a premiar quem recicla, dando descontos na factura do lixo.
Conheça os premiados das outras categorias:
Entidade Desportiva/Desportista do Ano