Já em 2018, o presidente da Câmara de Paredes assumia a intenção se controlar a 100% a empresa Parque Invest, responsável pela gestão do Parque Empresarial de Parada-Baltar, para conseguir mais flexibilidade na captação de empresas.
O município conseguiu os intentos no início deste mês, ao assumir o controlo dos terrenos da zona industrial ainda por vender.
A meta, adianta Alexandre Almeida, passa pela expansão daquele parque empresarial.
Possibilidade de expropriar e mais flexibilidade
Até agora, aquela zona industrial era gerida pela Parque Invest, que era constituída a 50% pela Associação Empresarial de Portugal, por uma pequena participação da já extinta Associação Empresarial de Paredes e o restante pela Câmara.
“Foi sempre nossa intenção que aquilo passasse a ser só gestão da câmara, até porque estamos a chegar ao ponto de alargar aquela zona industrial. Temos lá terrenos que vamos adaptar para venda imediata e estamos a pensar formas para fazer crescer o parque no futuro”, assegura o autarca.
Foi por isso feito um acordo com a AEP. Feitas as contas, e tendo em conta os investimentos feitos pela autarquia em infra-estruturas – 846 mil euros – e os terrenos já vendidos, a Câmara recebeu cerca de 120 mil euros, além de 17,2 hectares de parcelas de terreno ainda por ocupar. Já a Parque Invest será extinta.
“Temos lá grandes áreas de terreno que estevam mais complicadas de urbanizar porque pelo meio havia uma faixa ou outra em que não se chegou a acordo com o vendedor, até porque por vezes era difícil identificar o vendedor, e uma empresa privada não podia fazer expropriação e nós agora já podemos. Isso vai-nos dar flexibilidade”, garante Alexandre Almeida. Vai também permitir eventualmente aceder a fundos comunitários.
A par disso a Câmara deu início à elaboração de um regulamento. “A taxa que as empresas pagavam de condomínio era excessiva face aos preços cobrados e aí também vai haver uma adequação”, adianta.
Quanto a interesse, o edil diz que não falta. “Há empresas fora do concelho e dentro do concelho que querem expandir-se. Continuamos a ter muitos interessados nessas parcelas. É só fazermos as obras e vender às empresas. Depois as expropriações serão fundamentais”, diz.
Actualmente, há nesta zona industrial 15 empresas.