A cidade de Valongo acolhe, esta sexta-feira, a XII Gala de Patinagem Artística, uma iniciativa coorganizada com a Associação de Patinagem do Porto (APP), o apoio do Município de Valongo e a secção de patinagem do Núcleo Cultural e Recreativo de Valongo. O evento está agendado para as 21h00, no Pavilhão Municipal de Valongo, e que contará com mais de 150 atletas.
Todos os atletas presentes na gala são da Associação de Patinagem do Porto, tida como uma das melhores associações do país a formar nesta modalidade e única com campeões do Mundo e da Europa em 2017.
Na gala serão homenageados os medalhados os atletas que obtiveram a medalha de ouro nos Campeonatos do Mundo e da Europa.
Ao Verdadeiro Olhar, o presidente do Núcleo Cultural e Recreativo de Valongo, Fernando Carmo, garantiu que o evento terá um enorme impacto na dinamização do desporto e na sua visibilidade do concelho.
“A edição deste ano terá um formato semelhante ao do ano passado, com apresentações em grupo e individuais dos vários atletas em modo dinâmico para que não se torne um espectáculo enfadonho tendo em conta o número de atletas que estarão no Pavilhão Municipal de Valongo. Teremos à margem das demonstrações, um espaço diferente que irá acolher os convidados e teremos a CRV – Canal Regional de Valongo a fazer a cobertura do evento”, revelou.
Refira-se que o Núcleo Cultural e Recreativo de Valongo, secção de patinagem artística, tem actualmente cerca de 60 atletas divididos em três grupos: iniciação, pré-competição e competição.
Ao longo da época, o Núcleo Cultural e Recreativo de Valongo participa em vários torneios, os campeonatos distritais e nacionais das quatro modalidades que compõem a patinagem artística: patinagem livre, solo dance, figuras obrigatórias (actualmente não praticada no NCRV) e show & precisão, que se realiza uma vez por ano.
“Não tendo um pavilhão próprio a principal dificuldade está ao nível dos equipamentos desportivos, dada a escassa oferta existente no concelho de Valongo face à procura”
Segundo o dirigente do Núcleo Cultural e Recreativo de Valongo, uma das maiores dificuldades da associação é a inexistência de um pavilhão próprio.
“Não tendo um pavilhão próprio a principal dificuldade está ao nível dos equipamentos desportivos, dada a escassa oferta existente no concelho de Valongo face à procura. Sendo uma modalidade que consome muitas horas de treino (um atleta de competição treina 13 a 15 horas por semana), vemo-nos na necessidade de ir treinar para o concelho vizinho de Paredes. A secção de patinagem do NCRV quer continuar a formar atletas e pessoas, de forma sustentada. Se se tornarem campeões no futuro, óptimo!”, disse fonte da colectividade.
Falando da modalidade de patinagem artística, Fernando Carmo assumiu que a patinagem vive “à sombra do hóquei, desporto rei no concelho”.
“A secção procura, com eventos que promove ao longo ano, tornar a modalidade um pouco mais notada, mas este é um trabalho que vai demorar muito tempo. O facto de não existir a nível regional e nacional uma cobertura mediática, contribui também para que este desporto não tenha a notoriedade desejada”, expressou.
Quanto aos apoios facultados à patinagem artística, Fernando Carmo destacou que estes ficam aquém do desejado.
“São muito insuficientes. Aliado à escassa oferta de equipamentos, o apoio financeiro da autarquia também é diminuto, tendo a secção que recorrer ao apoio dos pais dos atletas e de patrocínios pontuais para obter receitas”, avançou.