A vereadora responsável pelo pelouro da Cultura e vice-presidente da Câmara de Penafiel, Susana Oliveira, faz um balanço positivo da IV edição do Festival de Teatro Amador Sentir Penafiel que encerrou, no sábado, com a peça “”Zé, abre a pestana”, pelo Grupo de Teatro de Novelas.
O encerramento do certame cultural contou com a presença especial do actor penafidelense, Martinho Silva, que foi homenageado no ano transacto com a medalha de ouro da cidade, e que começou curiosamente a fazer teatro numa companhia de teatro amador. O actor assistiu à peça e no final foi homenageado pela autarquia.
Aos jornalistas e em jeito de balanço final do festival, a autarca realçou a qualidade dos grupos e companhias que integraram esta mostra de teatro, a qualidade das peças apresentadas, que ao longo de várias semanas, em diferentes palcos e freguesias do concelho, conseguiram dinamizar esses espaços e atrair um número considerável de pessoas.
“Apraz-me verificar que ao festival com o decorrer das semanas foi ganhando público e terminou com chave de ouro com a apresentação da peça “Zé, abre a pestana” pelo Grupo de Teatro de Novelas, que arrebatou o público e lotou por completo a sala do Museu Municipal”, disse, realçando a qualidade do trabalho do Grupo de Teatro de Novelas, mas também dos restantes que participaram neste certame cultural, que é já uma referência no concelho.
“Estamos a falar de grupos de teatro amador que se empenham naquilo que fazem, dedicam muito do seu tempo a preparar as peças, não ganham qualquer vencimento, lutam muitas vezes com dificuldades, que dão o seu melhor e que tiveram neste festival a oportunidade de apresentar as suas peças”, referiu, sustentando que é fundamental que o público vá ao teatro e acarinhe os grupos locais e da região.
Sobre o teatro amador, a vice-presidente da Câmara de Penafiel declarou mesmo que o concelho dispõe de uma mão cheia de grupos e companhias que fazem já teatro de qualidade, estando a autarquia está a apoiar vários projectos interessantes que serão alvo de candidatura que vão reforçar a aposta que a autarquia vem fazendo neste domínio.
“O teatro e a literatura são expressões que o município tem tentado promover em articulação com outros agentes culturais e que iremos continuar a promover já no próximo ano com as comemorações dos 250 anos de elevação de Penafiel a cidade, com uma panóplia de eventos que irão seguramente marcar a agenda do concelho e da região”, disse, manifestando que o facto da autarquia ter laçado este festival de teatro amador é já em si mesma uma forma do município reconhecer o trabalho e a entrega dos grupos amadores e motivá-los a fazer mais.
“Existem companhias que têm passado por fases menos boas, às vezes acontece que acabam mesmo por suspender o seu trabalho, mas o objectivo da autarquia passa por envolver mais grupos e fazer deste festival uma referência e posso afirmar que o teatro está em crescendo em Penafiel”, confessou.
Falando da V edição do Festival de Teatro Amador Sentir Penafiel, Susana Oliveira recordou que a edição do próximo ano vai coincidir com as comemorações dos 250 anos de elevação de Penafiel a cidade, estando a organização a preparar um certame que fará jus à efeméride e que contará várias surpresas.
Susana Oliveira referiu, também, que o “Ponto C – Cultura e Criatividade” que está planeado e projectado para a cidade e o concelho, uma sala de espectáculos com capacidade para 400 pessoas, será uma referência para a cidade e para a região, um veículo para promover as artes.
“Já tive oportunidade de falar com o Martinho da Silva sobre a abertura deste novo espaço e ele assegurou-me que quando estiver concluído virá a Penafiel apresentar um dos seus trabalhos”, acrescentou.
Refira-se que o Ponto C irá ficar situado na zona de Puços. Integra um auditório, uma sala polivalente para eventos e outros espaços que podem ser usados para potenciar as artes.