Valongo vai ter uma ‘Oficina Municipal das Artes’, a edificar num espaço onde funcionava o cinema de Ermesinde, devoluto desde a década de 90. Para além da sétima arte, o imóvel vai receber teatro, dança, circo, música, fotografia e artes plásticas.
A obra, entregue à empresa Edilages, deverá deverá estar pronta dentro de dois anos, vai custar cerca de três milhões de euros e conta com o financiamento do PRR, o Plano de Recuperação e Resiliência.
A recuperação do antigo Cinema de Ermesinde, que se encontrava devoluto desde os anos 90, de acordo com o autarca, “vai contribuir para a revitalização da identidade cultural e da memória coletiva da comunidade, visto que se trata de um edifício de grande valor histórico”, destacou o autarca de Valongo José Manuel Ribeiro, citado em nota de imprensa.
O ‘Cine-Ermezinde’ foi inaugurado nos anos 40 e foi adquirido pela autarquia de Valongo por 474 mil euros com o objetivo de ser transformado num espaço cultural, a articular com a Oficina do Brinquedo Tradiconal Português e a Oficina da Regueifa e do Biscoito.
O espaço pretende conquistar a população e “constituirá o triângulo cultural representativo da identidade e história do concelho”.
José Manuel Ribeiro referiu também, na apresentação pública do projeto e lançamento da empreitada, que se realizou no Fórum Cultural de Ermesinde, que esta obra faz parte dos objetivos estratégicos da Câmara Municipal de Valongo “que está a reabilitar e requalificar o património edificado do concelho para este voltar a ganhar, de novo, identidade e importância enquanto testemunhos do passado”.
Constitui assim, “um instrumento de primeira linha para a democratização do acesso à prática e à fruição culturais, contribuindo para a formação precoce de públicos e evidenciando o compromisso com instrumentos internacionais”, frisou o edil.
A criação de uma Oficina Municipal das Artes no concelho de Valongo pretende “a participação cultural ativa, independentemente da idade e da origem sociocultural, económica, étnica e geográfica. Para o efeito foi desenvolvido um projeto multidisciplinar cujo programa integrará as seguintes ações: teatro, dança, música clássica e contemporânea, pretendendo ainda ser estúdio de gravação, acolher atividades circenses, cinema, fotografia, artes plásticas como pintura e escultura.
O imóvel da futura Oficinal Municipal das Artes foi desenhado ao estilo “Português Suave, um modelo arquitetónico, utilizado nas décadas de 1930 e 1990.