As corporações de Bombeiros de Entre-os-Rios, Paço de Sousa e Penafiel vão ter Equipas de Intervenção Permanente (EIP).
O processo para a constituição das três equipas já está a decorrer e o vereador da Protecção Civil e Defesa da Floresta, Rodrigo Lopes, antecipa que possa estar concluído em cerca de três meses.
O anúncio foi feito, ontem, durante os discursos comemorativos do Dia Municipal do Bombeiro em Penafiel.
Em declarações ao Verdadeiro Olhar, Rodrigo Lopes explica que, em Setembro, a Câmara de Penafiel foi abordada pelo Governo no sentido de reunir com a directora nacional de bombeiros para debater o tema, algo que aconteceu logo em Outubro.
Depois de “avaliar os impactos financeiros”, a autarquia deu resposta afirmativa à criação das equipas em Janeiro último. A informação está já no Comando sub-regional da Protecção Civil para o Tâmega e Sousa. “O processo está a avançar para termos uma EIP em cada corporação de bombeiros do concelho”, confirmou o autarca.
Estas equipas, compostas por cinco bombeiros profissionais, serão criadas através de protocolos entre a Autoridade Nacional de Emergência e Protecção Civil, a Câmara Municipal e as Associações Humanitárias de Bombeiros. O modelo estabelecido dita que são pagas “em partes iguais pela Autoridade Nacional de Emergência e Protecção Civil e pelas Câmaras Municipais”.
O vereador da Protecção Civil acredita que os custos anuais rondarão os 120 mil euros. Mas nunca foi a questão monetária que levou a não criar estas equipas mais cedo, garante. “A nossa linha é de aposta forte na promoção do voluntariado”, com vários apoios, salientou. “Isso tem dado resultados e as corporações têm mantido número de voluntários suficientes e funcionado bem, mas agora entendemos que era tempo de aderir também”, acrescentou.
Recorde-se que, nos concelhos de Lousada, Paços de Ferreira, Paredes e Valongo já existem equipas EIP em todas as corporações (em alguns casos mais que uma) e que Penafiel era o único concelho desta região, e do país, que ainda não tinha estas equipas.
A Câmara de Penafiel, lembrou Rodrigo Lopes, tem um dos “mais ambiciosos” regulamentos de apoio aos bombeiros do país, que resulta em dezenas de milhares de euros investidos nas três associações humanitárias e nos seus voluntários anualmente. Há, por exemplo, seguros de saúde, isenções no IMI, apoios ao arrendamento, direito a tarifas sociais na água e saneamento, ou o facto de filhos e netos de bombeiros não pagarem refeições nas escolas (agora até ao 12.º ano), entre outros. A isso somam-se os subsídios anuais a cada uma das três corporações, na ordem dos 25 mil euros e apoios extraordinários quando adquirem viaturas de socorro.
* Notícia actualizada a 14 de Março com correcção de uma gralha no valor mencionado.