Valongo – Nova Câmara – Novela Socialista. Parte 1

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É perfeitamente evidente, gritantemente evidente, que o Partido Socialista não sabe gerir, nem com maiorias relativas, nem com maiorias absolutas, seja a nível nacional, seja a nível local. 

Esta incapacidade do Partido Socialista, que está no poder em Valongo, de garantir uma gestão de qualidade da coisa pública, é indisfarçável, e cada vez mais confrangedoramente evidente. 

A ausência de qualidade das decisões do Presidente socialista da Câmara de Valongo, atinge agora, em final de mandato, novos patamares de incompetência. 

O mais recente imbróglio no qual o Município de Valongo foi metido pelo Partido Socialista, tem origem na obra faraónica da nova câmara municipal. 

A obra está parada! O contrato com o empreiteiro, empreiteiro que o Presidente Socialista escolheu, foi resolvido e a tomada de posse administrativa da obra pela parte da Câmara ocorreu dia 31-5-2023. 

O maior “investimento” deste Partido Socialista e do seu Presidente, que foi adjudicado por 10,6 milhões de euros, está encalhado num mar de problemas jurídicos, o que, tendo em conta a infelizmente bem conhecida lentidão da justiça portuguesa, atirará a conclusão da obra para sabe-se lá quando. 

Não se sabe, neste momento, quando esta obra será retomada ou concluída, ainda que eu suspeite, que, custe o que custar aos valonguenses, e eu mantenho que custará perto de 20 milhões de euros, será concluída antes deste mandato terminar, para que todas as fotos de campanha eleitoral sejam asseguradas e todas as fitas cortadas. 

Quem vier atrás que feche a porta e pague as contas, na boa tradição socialista de governar!  

É bom referir que esta conta será para pagar nos 20 anos seguintes à conclusão da obra, ficando a capacidade de investimento da Camara Municipal de Valongo irremediavelmente comprometida durante esse longo período, com as consequências que isso acarreta na qualidade de vida dos valonguenses. 

Tudo isto no meio de uma total ausência de transparência de processos, incompreensível nos dias que correm! 

Talvez devêssemos ter uma comissão de inquérito ao processo de construção do novo edifício da Câmara Municipal de Valongo! 

Porque recusou o Presidente Socialista da Câmara de Valongo, José Manuel Ribeiro, uma auditoria independente ao ponto de situação da construção desta obra, conforme proposto pelos Vereadores do PSD de Valongo? 

O Presidente Socialista da Câmara Municipal de Valongo recusou a auditoria proposta porque não gosta do contraditório a que o PSD o sujeita, especialmente porque os dossiers são confusos e se suportam em decisões atabalhoadas e incompetentes. 

Precisamos de transparência no processo de construção da nova Câmara Municipal de Valongo! 

A falta de transparência neste processo, como aliás em todo e qualquer processo público, gera desconfiança aos cidadãos e dificulta o funcionamento efetivo da democracia. 

A ausência de divulgação, ou divulgação inadequada de informações relevantes tais como, os planos detalhados da nova Câmara Municipal, as estimativas de custos reais da obra, os documentos relativos à obra com leitura clara, a explicação dos trabalhos a mais, o cronogramas de execução das obras, não contribui para a transparência desejada das nossas instituições e dos seus projetos. 

Esta ausência de divulgação de informação contribui antes para um ambiente de opacidade, o que corrói inevitavelmente a confiança dos Valonguenses em quem os governa. 

Este ambiente opaco, esta ausência de transparência, não nos garante que os nossos recursos estejam a ser usados de forma correta, eficiente e eficaz.  

Aguardarei atentamente os próximos capítulos desta novela Socialista… 

Daniel Felgueiras

Deputado Municipal/PSD de Valongo