A 14.ª edição da Expoval – Mostra das Actividades Económicas do Concelho de Valongo abriu portas na quarta-feira à noite e até domingo espera trazer milhares de visitantes ao Parque Urbano de Ermesinde.
Desde a entrada até às tendas fechadas na parte superior do parque, o recinto está repleto de expositores ligados a vários ramos, como a indústria, artesanato, produtos regionais e negócios locais, assim como instituições de solidariedade social e associações do concelho. São mais de 100 expositores em mais de 26 mil metros quadrados de área expositiva, que espera receber este ano cerca de 200 mil visitantes.
O mote para a edição deste evento bianual é “recordar o passado, viver o presente, investir no futuro”, tendo sempre como objectivo “promover o dinamismo e a identidade do concelho de Valongo”, como referiu, Vítor de Sá, coordenador actual da Expoval, durante a sessão de inauguração.
“É aquilo que é a nossa tarefa, dos autarcas, das juntas, das associações, empresas, funcionários e entidades públicas. Temos que saber contar a nossa história, porque temos uma história rica, temos património que muitos não têm. Se não formos capazes de honrar a memória, de salvaguardar o passado no presente, mas olhar para o futuro, inevitavelmente transformamo-nos num mero dormitório, numa mera periferia e é isso que também está presente aqui na Expoval em todas as edições”, sublinhou José Manuel Ribeiro, presidente da Câmara Municipal de Valongo, enumerando as várias tradições que são marca do concelho.
Aconselhou ainda a população a ler e a explorar sempre mais sobre a história do concelho. “Quando temos orgulho no território onde estamos, damos o máximo pela nossa terra, criamos empresas, famílias, vemos oportunidades em tudo e é isso que também está presente na Expoval. A Expoval é um pretexto, de dois em dois anos, nesta cidade pujante que é Ermesinde, uma cidade trabalhadora. Tem sido uma iniciativa de grande sucesso”, continuou, apontando que o evento não mostra só as capacidades empresariais, mas também dá palco a muitas pessoas do concelho.
O coordenador do evento destacou ainda as várias mudanças que foram sendo feitas no evento, principalmente, desde 2015 (altura em que foi feito um investimento maior nesta mostra), como a duplicação da capacidade expositiva, a elevação da qualidade da programação cultural e empresarial, a alteração do layout do recinto e o painel de azulejos e o mural. “A evolução verificada foi de tal forma que nas últimas edições esgotou-se a capacidade do parque urbano, sendo as limitações físicas deste parque uma condicionante para futuras edições para que sejam mais ambiciosas. O fundamental é que estão reunidas as condições para manter ou se possível, elevar a dimensão a que chegou esta mostra”, acrescentou.
Este ano, há também uma maior aposta na sustentabilidade ambiental, com a promoção do transporte público, numa parceria com a CP, e a campanha da Lipor “Recolha Selectiva em Festas e Romarias”. O benefício resultante da quantidade de resíduos recicláveis recolhidos reverterá a favor dos corpos dos Bombeiros Voluntários de Valongo e de Ermesinde. “Aproveitamos estas sinergias também com a Lipor para divulgar e com isto capacitar mais as pessoas para poderem ser cidadãos mais conscientes, mais amigos do ambiente e, dessa forma, dar-lhes o nosso contributo porque o planeta agradece”, disse José Manuel Ribeiro.
O presidente da câmara quis deixar ainda uma palavra de agradecimento a todas a pessoas envolvidas na organização. “É um evento bianual em que o município investe muito em tempo, em dinheiro, mas também em que há muito esforço dos nossos funcionários, muitas pessoas que são normalmente anónimas, invisíveis, mas que sem elas não era possível, assim como não temos aqui só empresários, temos aqui IPSS e associações”, sublinhou.
Ao longo da noite, dezenas de pessoas foram se aproximando do palco que recebeu um concerto de “Tributo aos Queen” da Banda Musical S. Martinho de Campo, preenchendo as bancadas. Nos restantes dias, os cabeças do cartaz musical são Blaya e António Zambujo.
Outras dezenas de famílias e casais percorriam o resto do recinto, petiscando um crepe ou um cachorro e as crianças divertiam-se no parque infantil ou nas actividades radicais e jogos tradicionais.
Maria Rocha e Arnaldo Ferreira são de Baltar, mas moram actualmente perto do recinto e costumam visitar sempre a Expoval. Vieram “apanhar um bocado de ar e ver as exposições” porque no fim-de-semana não podem e aproveitaram para comer um pão com chouriço. Não costumam fazer grandes compras neste evento, mas os biscoitos da Paupério não podem faltar.
Do outro lado do parque estavam Rui Monteiro e Sandra Ribeiro com as duas filhas, Ana e Inês Monteiro. São de Alfena e não costumam faltar à Expoval para “conhecer e aproveitar as novidades”, embora refiram que só vão para ver.
Até domingo, o Parque Urbano de Ermesinde vai acolher este evento de entrada livre e gratuita com workshops temáticos, oficinas de artesanato e trabalho ao vivo, desporto radical, “showcookings”, concertos e outras actividades.
