Valongo contra reintrodução de portagens

Presidente da Câmara  quer esclarecimentos da Infraestruturas de Portugal

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O presidente da Câmara Municipal de Valongo não aceita a possibilidade de se reintroduzir o pagamento de portagens na A4, em Ermesinde. José Manuel Ribeiro diz-se “chocado” com a notícia de que estará nos planos da Infraestruturas de Portugal (IP) a intenção introduzir portagens, em 2016, no troço da A3 entre Águas Santas e a Maia e no troço da A4 entre Águas Santas e Ermesinde, dois sublanços que já foram portajados no tempo do Governo de Cavaco Silva, mas que foram desactivados, em 1995, pelo executivo de António Guterres.

“Ficámos chocados. Eu e os 200 mil portugueses que vivem nesta zona”, afirmou José Manuel Ribeiro ao VERDADEIRO OLHAR, salientando que “a ser verdade, tal significa que o anterior Governo andou nas costas da população e dos autarcas que são os seus legítimos representantes a combinar a reintrodução das portagens”. Facto que para o autarca “é inadmissível!”. José Manuel Ribeiro destaca ainda que “são mais de 77 mil utilizadores diários, que ficam muito prejudicados”.

O presidente da Câmara de Valongo é peremptório ao considerar que “alguém tem de ser o responsável político deste assunto”. “Já falei com os presidentes das Câmaras da Maia e de Gondomar, para tomarmos uma posição conjunta e exigirmos esclarecimentos”, acrescentou. José Manuel Ribeiro tem igualmente “dúvidas da legalidade desta proposta”, explicando que o “troço da A4 até Ermesinde bem como o troço da A3 ate à Maia funcionam como vias circulares e são pontas de autoestrada pelo que não devem ser portajadas para permitirem alternativas às populações”.

O PSD de Valongo, em comunicado, sublinha que “discorda e repudia qualquer tentativa ou ensaio levado a cabo por este Governo, recentemente empossado, de reintroduzir portagens na A4 e A3”. No comunicado, o PSD de Valongo afirma ainda que através do deputado do PSD eleito para a Assembleia da República e através dos vereadores do PSD eleitos na Câmara Municipal de Valongo “irão opôr-se em toda a plenitude, seja questionando e responsabilizando politicamente o Governo, seja não permitindo que este ensejo se venha a concretizar”.