Fotografia: Cabeças no Ar e Pés na Terra

A companhia Cabeças no Ar e Pés na Terra, com sede em Ermesinde, celebra de 13 a 17 de Fevereiro, as comemorações do seu 10.º aniversário, no Fórum Cultural, com um programa diversificado que integra uma exposição, documentários, conversas com vários actores, entre outras actividades.

Já no dia 13 de Fevereiro, a companhia promove, pelas  21h00, a Inauguração da exposição 10 anos com apresentação de figurinos, adereços, partes de cenografias, fotos e vídeos de espectáculos. A mostra irá ficar patente ao público até dia 17 de Fevereiro,

Também no dia 13 de Fevereiro, pelas 21h30, será exibido um documentário dos 10 anos do grupo realizado pelo Diogo Ferreira sobre esta aventura de 10 anos que inclui entrevistas com actores, actrizes, técnicos/as, formandos/as, espectadores/as e pessoas que nos influenciaram nesta caminhada.

No mesmo dia, pelas 23h00, será apresentado um concerto com Paulo Coelho de Castro, conhecido músico/lixeiro que toca músicas originais dos espectáculos dos Cabeças no Ar e Pés na Terra. O espectáculo conta com a participação especial Filipa Guedes.

No dia 15 de Fevereiro, pelas  21h30, o público é  convidado a ver “Muito Riso, Muito Siso”, “um espectáculo que comprova a capacidade de muitos textos lusófonos em dizer grandes coisas, nem sempre com as palavras mais sérias e formais. Um espectáculo simplista, algo despido, tão-só suportado no fio das palavras, mas de humor potente!”

No mesmo dia pelas 23h00, o tema proposta  é à conversa com Jorge Neto,  actor valonguense que participou no filme Balas e Bolinhos.

No dia 16, são dois os destaques propostos, pelas 21h30, será apresentada a peça “Fireman” uma co-produção pela Estaca Zero teatro e Cabeças no Ar e Pés na Terra.

Este espectáculo de comédia visual, será uma homenagem aos Bombeiros de Ermesinde, sendo realizada uma recolha de fundos que reverterá inteiramente a corporação.

Pelas 23h00 realizar-se-á, nova conversa, desta feita, com Mário Moutinho, actor conhecido do público em geral pela participação na série os Andrades e a voz reconhecida do Guarda Serôdio dos Amigos de Gaspar. A conversa abordará essas participações bem como a sua longa carreira teatral.

No dia 17 de Fevereiro, pelas 16h00, será apresentada uma improvisação pelo palhaço Pintarolas, espectáculo que promove a interacção com o público, “é criada uma viagem, transportando o espectador para um mundo passado, tendo como base as tradicionais brincadeiras de criança do faz de conta”.

Ao Verdadeiro Olhar, o director da companhia Cabeças no Ar e Pés na Terra, Hugo Sousa realçou que fazer 10 anos de existência é uma data especial que marca o percurso de uma companhia que  é já uma referência no concelho de Valongo e não só.

Falando do X aniversário, Hugo Sousa destacou que a companhia delineou um programa cultural transversal, diversificado, de forma a envolver não apenas o seu público fiel, que acompanha regularmente o trabalho do grupo, mas, também, a comunidade local.

Todas os espectáculos e actividades são gratuitas.

“Quisemos preparar um programa transversal, também, com o objectivo de envolver todos os parceiros e actores da comunidade local que usualmente trabalham com o grupo e convidar também os amigos. É uma forma de envolvermos todos os que ao longo destes dez anos têm seguido o nosso trabalho com o mesmo carinho”, disse, salientando que o X aniversário da companhia terá de ser o ano da afirmação do grupo.

Hugo Sousa ressalvou, também, que os Cabeças no Ar e Pés na Terra são, presentemente, um grupo já consagrado no concelho de Valongo, com um público fiel, atento ao trabalho da companhia, sendo uma referência no meio, um grupo que se vem afirmado.

“Julgo que estamos já num patamar diferente, conseguimos atingir a maioridade artística e apesar de todas as dificuldades, conseguimos manter alguma consistência no nosso trabalho e a qualidade das nossas peças falam por si”, atalhou, acrescentando que fazer teatro é um trabalho de resistência que requer  tempo e determinação.

Questionado sobre os desafios do grupo, Hugo Sousa ressalvou que o maior passa por alargar a base de actuação dos Cabeças no Ar e Pés na Terra disseminando o seu trabalho pelo país, conquistar novos públicos e promover-se no estrangeiro, conquistando novos públicos e mantendo os intercâmbios culturais já existentes com grupos de outros países, nomeadamente em Macau.

Sobre o futuro, o director da companhia esclareceu que os Cabeças no Ar e Pés na Terra vão para a semana apresentar um espectáculo no âmbito do Festival LOL, intitulado “Ermesinde Silly Tours”, a apresentar no 23 de Fevereiro, uma iniciativa da Câmara de Valongo, que esperam seja uma aposta ganha e do agrado do público.

O grupo está, também, a trabalhar no célebre “O Soldadinho de Chumbo”, de Hans Christian Andersen, trabalho que conta com a presença de um actor do concelho, e que irá abordar o tema da deficiência.

Refira-se que os Cabeças no Ar e Pés na Terra é um espaço de experimentação que alberga a transversalidade artística. Uma estrutura multidisciplinar, criada por um conjunto de profissionais das artes.