O Plano Municipal de Juventude de Valongo 2024-2034 já está em vigor, após ser aprovado por unanimidade pela Câmara e Assembleia Municipal. O documento pretende ser uma das principais “ferramentas para a conceção de políticas públicas e programas para a juventude, visando o desenvolvimento de uma nova cultura de participação juvenil nos processos de tomada de decisão a nível local”, explica a autarquia.
Trata-se de uma “orientação estratégica que considera as particularidades inerentes a este território, à sua população jovem, organizações e dinâmicas locais”. Estão mapeadas sete áreas estratégicas a intervir, como a Educação e Formação, o Emprego e Empreendedorismo,a Sustentabilidade e Mobilidade, o Estilo de Vida Saudável, a Cidadania e Participação, a Emancipação e Habitação e a Cultura e Lazer.
Para cada uma destas áreas foram identificados eixos e respetivos objetivos, bem como três dimensões transversais, são elas a Criatividade e Diálogo Intergeracional; Cooperação; Informação e Comunicação.
Para o presidente da Câmara Municipal de Valongo, este documento estratégico “representa um marco significativo na nossa trajetória de inclusão, inovação e progresso, organizando a intervenção municipal na área da Juventude para os próximos 10 anos”.
José Manuel Ribeiro destaca compromisso para com as gerações futuras e com a comunidade. “Queremos reduzir o isolamento e fomentar um sentimento de pertença e comunidade entre os nossos jovens, promover a inclusão e a criatividade. A participação é outro pilar fundamental de uma comunidade saudável”, refere sublinhando que “a construção deste documento teve por base estes princípios, resultado de um processo colaborativo e participativo, o que nos garante que este plano reflete as necessidades e aspirações reais da Juventude de Valongo”.
Este plano, conclui José Manuel Ribeiro, “beneficiará não só a juventude, mas toda a comunidade de Valongo. Ao focarmo-nos em iniciativas que promovam a educação, o emprego, a saúde e o bem-estar, estamos a investir no futuro de toda a população. A nossa visão é clara: queremos um Município onde cada pessoa jovem é informada, esclarecida, autónoma e criativa e tem oportunidades de participar, de aprender e de construir futuro”.
A construção do Plano resultou de um processo participativo de coconstrução que, desde o seu início, foi acompanhado pelo Grupo de Desenvolvimento do Plano, composto por diversas entidades locais com trabalho reconhecido na área da juventude. O processo consultivo foi parcialmente financiado pelo Programa Erasmus+ com o projeto KA154 – “Empoderar as Vozes Jovens”, o que permitiu a realização de várias atividades de auscultação e capacitação de jovens.
A metodologia adotada focou-se na colaboração e na inclusão de diversas perspetivas, assegurando uma abordagem holística e abrangente. Recorreu-se a um leque variado de instrumentos para recolher dados quantitativos e qualitativos, incluindo a observação direta, pesquisa documental, grupos focais e auscultações com vários intervenientes jovens ou com propriedade sobre o tópico. explica a edilidade.
O plano garante, por isso, uma abordagem integrada e coerente e destaca-se pelo envolvimento de cerca de meia centena de representantes de entidades locais e regionais e jovens. Esta participação ativa foi crucial para moldar as diretrizes do plano, assegurando que as vozes da juventude fossem ouvidas e consideradas. Tem um período de vigência definido a 10 anos, até 2034, sendo que cada plano de ação terá um horizonte temporal para a sua implementação de dois anos e incluirá as medidas que concretizam cada um dos objetivos definidos.
Serão elaborados e redigidos relatórios que compilem as medidas implementadas e o seu impacto, que deverão ser discutidos e aprovados em sede de reunião plenária. Ao mesmo tempo, poder-se-ão emitir recomendações aos órgãos do município sobre as matérias consideradas pertinentes e relevantes para os seus membros e juventude local.
Já os seus objetivos estratégicos sejam reavaliados a meio do período da sua implementação, ou sempre que o grupo responsável pela sua monitorização, em concertação com as entidades e organizações parceiras, assim o entenda. Pretende-se que esta estratégia de monitorização contribua para garantir que o PMJ de Valongo seja um documento vivo, capaz de adaptar-se e responder proativamente aos desafios que emergem na comunidade jovem deste território, tornando-o uma ferramenta eficaz de mudança social e desenvolvimento juvenil.