Está em curso um processo de migração dos emissores da rede de Televisão Digital Terrestre (TDT), necessário para a implementação do 5G em Portugal. As alterações vão afectar a região do Tâmega e Sousa.
Numa reunião realizada hoje na sede da Comunidade Intermunicipal do Tâmega e Sousa, com representantes dos 11 municípios que a integram, o presidente da ANACOM, João Cadete de Matos, e o director da delegação do Porto da ANACOM, Luís Roque, explicaram o processo e as medidas que existem de apoio à população para minimizar o impacto desta migração e evitar possíveis fraudes junto da população mais envelhecida, que é quem mais utiliza este serviço, adianta nota de imprensa.
A CIM do Tâmega e Sousa refere que, na região, as alterações começam no dia 28 de Setembro. Nesse dia é re-sintonizado o emissor de Rio Arda, com impactos em Amarante, Castelo de Paiva, Cinfães, Marco de Canaveses e Penafiel. Em cerca de um mês o processo fica concluído. As últimas alterações serão no emissor de Caldas de Vizela, a 2 de Novembro, que afecta o serviço em Lousada e Felgueiras.
“A população que possui as suas antenas de recepção orientadas para o emissor de Castelo de Paiva, que emite no canal 42, não será afectada por este processo, pois este emissor não irá alterar a sua frequência de emissão”, adianta a CIM. “Nos restantes emissores, as pessoas saberão que são abrangidas por este processo se ficarem com o seu ecrã sem imagem (ecrã negro)”, acrescenta.
Para ajudar a população existe uma linha telefónica de apoio gratuita (800 102 002), que funciona todos os dias, entre 9h00 e as 22h00. Se o apoio telefónico não for suficiente vão existir equipas no terreno.
O folheto explicativo está disponível aqui.
Autarcas queixaram-se da deficiente cobertura de banda larga
Ainda segundo nota de imprensa, os autarcas presentes aproveitaram a reunião para manifestar “o descontentamento com a cobertura em geral das telecomunicações na região do Tâmega e Sousa, muito deficitária sobretudo nas zonas mais rurais e de menor densidade populacional”. “Sublinharam a deficiente cobertura de banda larga (fibra óptica), tanto móvel como fixa, e a dificuldade de acesso à rede móvel para a realização de chamadas por telemóvel, problema que ainda persiste em muitos concelhos e freguesias considerados de interior, bem como a desorganização existente ao nível das infra-estruturas aéreas e subterrâneas de telecomunicações.
A ANACOM assumiu o compromisso na resolução dos problemas identificados. O objectivo é que, em 2023, 75% das freguesias de baixa densidade tenham cobertura de rede de banda larga móvel e que, em 2025, essa taxa seja de 90%.