O presidente da Administração Regional de Saúde do Norte (ARS Norte), Pimenta Marinho, visitou, esta segunda-feira, a urgência do Hospital Padre Américo, em Penafiel, para reforçar a confiança neste centro hospitalar e nos seus profissionais e salientando a sua capacidade de resposta face aos picos de procura dos serviços devido à gripe.
Aquela que é a segunda maior urgência do Norte e a quarta maior do país registou recordes de atendimento no final do ano passado, tendo recebido mais de 700 doentes por dia durante vários dias e atingindo um pico de afluência de 780 utentes num dos últimos dias do ano. Segundo o Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa, a média do serviço de urgência é de 400 doentes por dia.
“O hospital está a conseguir responder. Houve um esforço enorme por parte de todos os profissionais”, disse Pimenta Marinho.
Esta manhã estavam, na urgência do Hospital Padre Américo 90 doentes. “E não vemos falta de macas, nem macas nos corredores ou doentes amontoados, nem falta de acolhimento ou humanismo para tratar essas pessoas”, salientou o dirigente, justificando que, nesta altura, se justifica ainda mais a ARS-Norte inteirar-se da situação que se vive nos hospitais e nas urgências. “Num centro hospitalar que tem uma área de referência enorme tornava-se necessário ouvir os profissionais e o conselho de administração para perceber as limitações e as dificuldades que têm”, explicou aos jornalistas.
O presidente da ARS Norte diz que tem havido uma diminuição do número de atendimento de doentes nos cuidados de saúde primários e nos hospitais e elogiou o trabalho dos profissionais de saúde, que têm sido “excepcionais” e abdicado “do seu bem-estar para poder responder às solicitações dos doentes”.
Pimenta Marinho destacou ainda que a articulação entre os cuidados de saúde primários e unidades hospitalares tem funcionado e que os centros de saúde vão continuar a funcionar em horário alargado nos próximos dias.
Questionado sobre um possível reforço dos recursos humanos ou das infra-estruturas da urgência em Penafiel, o presidente da ARS Norte adianta que vão trabalhar em conjunto com o Centro Hospitalar para criar melhores condições, mas destacou que a “urgência tem excelentes condições”. “Vejo outras urgências da região Norte que não têm condições tão boas”, sustentou. “Este hospital necessita de mais profissionais para algumas áreas”, disse, não concretizando números.
O Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa serve uma população superior a meio milhão de pessoas distribuída por 12 concelhos.