Caso o Município recupere o antigo Estádio das Laranjeiras, o União Sport Clube de Paredes está pronto para “regressar” à casa de onde “nunca deveria ter saído”. É que, desde que o complexo desportivo onde está o antigo estádio foi vendido, em 2007, para que aí fosse construído um centro comercial, e o clube passou a jogar na Cidade Desportiva, em Mouriz, houve “um afastamento muito grande à cidade e aos adeptos”. “O Paredes perdeu um número significativo de sócios e o vínculo à população”, diz o actual presidente do União, Pedro Silva.
Esta semana, a câmara anunciou que vai expropriar o Complexo Desportivo das Laranjeiras, por 1,6 milhões de euros, e que está disposta a investir na recuperação do Estádio, caso o clube aí queira jogar. “Em vez de investirmos nos balneários da Cidade Desportiva podíamos requalificar este estádio” para que o clube aí possa realizar os jogos principais, continuando as equipas de formação e os treinos a decorrer em Mouriz, defendeu o presidente da autarquia. Alexandre Almeida estima que o investimento necessário, nas bancadas e balneários, ronde os 500 mil euros.
“Toda a gente sabe o sonho que o União de Paredes tem de regressar às Laranjeiras, a casa, um lugar onde está a nossa história e identidade e de onde nunca devíamos ter saído. Por isso, o presidente sabe qual será a nossa resposta”, afirma Pedro Silva, quando confrontado com esta hipótese. Com a saída das Laranjeiras, “perdeu o clube e a cidade” e o regresso pode “dar mais dinâmica a Paredes e ajudar o clube a crescer”, acredita o dirigente.
O responsável pelo clube, cuja equipa de futebol sénior milita no Campeonato de Portugal (Série B), lembra que o União tem, além disso, futsal, hóquei em patins e uma escola de dança com 70 alunos. Só no futebol de formação conta com 330 crianças e jovens. Pelo que o Estádio das Laranjeiras não tem capacidade para “absorver” todos os atletas e o investimento na Cidade Desportiva, onde existe um relvado natural e dois sintéticos, não é perdido.