Este ano foi diferente.
Não houve a azáfama do costume… do acordar, arrumar a casa para receber a visita pascal, fazer o tapete de flores na rua, em cada entrada…as conversas bem dispostas com os vizinhos, que se juntam na rua, ao sol, à espera do Compasso…
Não houve a alegria do costume…o percorrer a casa dos pais, do irmão e cunhada, dos padrinhos, da avó, das tias que moram ali todas lado a lado, para, em cada uma delas, recebermos a Cruz…
Este ano foi bem diferente…este maldito vírus veio tirar-nos isso tudo e muito mais.
Tirou-nos a possibilidade do abraço, do beijinho, do miminho que tanta falta faz, daqueles de quem mais gostamos e nos querem bem. Tirou-nos os momentos em família e entre amigos, o convívio social no restaurante, no café, numa esplanada, num parque, no ginásio, numa festa… tudo isso está suspenso e não sabemos até quando.
Tivemos, por isso, que mudar a nossa forma de viver e de conviver.
Benditas redes sociais e novas tecnologias que nos permitem estar mais perto, apesar da distância. Até os mais avessos às TIC tiveram que se render, de forma a poderem estar em contacto com os seus entes mais queridos!
Assim são os novos tempos: aprendemos a viver sem o supérfluo, sem os exageros…e estamos bem na mesma! Que não nos falte o essencial: a saúde, a alimentação e o amor/amizade daqueles que nos dizem tanto! Esses, mesmo com o vírus, estão sempre perto de nós e quando o vírus passar, hão-de continuar!
Vamos acreditar que, apesar dos grandes estragos que este vírus está a provocar, em breve se irá embora e voltaremos às nossas vidas, que jamais serão como antes!
Sejamos fortes e seremos capazes de nos re-adaptar ao que aí vem!
Um (tele) abraço a todos os nossos leitores e, por favor, cuidem-se! Fiquem em casa!