No próximo domingo temos todos uma tarefa fácil para fazer. Temos de ir votar e escolher uma de duas hipóteses e é por isso que entendo ser uma decisão fácil de tomar.

A hipótese 1 é aquela que quer continuar o ciclo de estabilidade social e crescimento económico iniciado há 6 anos pelo PS.

A hipótese 2 é aquela que anuncia uma mudança e novos horizontes encabeçada pelo PSD.

Lembro que há 6 anos o PS também anunciou e cumpriu uma mudança. Mudar as políticas ultraliberais lançadas pela coligação PSD/CDS, que levaram a cortes em todos os setores (nomeadamente nas pensões que deveriam ser intocáveis), asfixiando os portugueses, em particular a classe média e os mais vulneráveis.

Essa mudança iniciada há 6 anos por António Costa ainda não terminou, pelo que, quando a direita anuncia uma nova mudança só pode ser a de regressar às políticas asfixiantes da Troika das quais guardamos má memória.

É preciso ter muito cuidado quando nos deixamos seduzir por palavras de mudança e discursos populistas como os do Chega, ou marketing muito competente e atrativo como o da Iniciativa Liberal, ou uma postura de pensar o futuro numa visão economicista como é o caso do PSD. Pois quando ouvimos com atenção e lemos os seus programas políticos, está por trás um princípio comum: Privatizar tudo, retirar o Estado de tudo, tudo tem de dar lucro.

Se estivéssemos a falar de uma empresa seria um discurso pertinente e oportuno, mas quando falamos de gerir um país não podemos ter uma visão empresarial. Se fosse para governar um país como se de uma empresa tratasse, então não seriam necessários políticos nem políticas, bastaria contratar gestores. Sei que neste ponto muitos acham que seria melhor assim, mas quero chamar a atenção para o seguinte: um gestor e uma empresa, por mais políticas (ups… e voltamos sempre à política) sociais que implementem nessa empresa, tem como único objetivo o lucro e a rentabilidade, pois caso contrário a empresa fecha.

Um país é um conjunto de pessoas, com uma língua, uma história e uma cultura comum, que se propõem viver em sociedade e procuram nessa sociedade viver felizes, com a melhor qualidade de vida possível. Ora, se um país são as pessoas, estas é que devem ser a primeira e única prioridade. É o seu bem-estar que importa.

Por isso é que no dia 30 de janeiro é fácil tomar uma decisão: ou preferem votar à esquerda onde efetivamente o discurso é centrado nas pessoas e nos seus direitos, ou à direita onde o discurso é centrado nas finanças e na retirada do estado em setores tão importantes como a saúde, o ensino e a segurança social.

Creio que esta pandemia mostrou bem que, se não fosse o estado e o seu peso em setores chave como a segurança social e a saúde, tudo teria sido muito pior, mas na verdade é que conseguimos sobreviver a esta pandemia sem cair numa crise financeira sem precedentes como muitos vaticinaram. Isso só foi possível porque fomos governados por um partido que tem as pessoas como prioridade.

Por mais que se deixarem iludir por números e tabelas, e todos apresentam os gráficos e os números que mais lhes interessam, peço que façam uma reflexão e lembrem-se que, antes da pandemia, todos vivíamos melhor do que vivíamos no tempo do PSD de Passos Coelho. Era percetível que a economia estava bem melhor, que as pessoas eram mais felizes. E agora, mesmo com 2 anos de pandemia, e todo o mal que esta nos trouxe, temos boas perspetivas para o futuro porque tivemos à frente do governo, quem, com habilidade política e sensibilidade, nos soube liderar e sabe qual o melhor caminho a seguir.

É por isso que, sabendo que a esquerda se preocupa com aquilo que realmente é importante – o bem-estar das pessoas – e que só há um partido que consegue ter a racionalidade de estabelecer as pessoas e o seu bem-estar como prioridade, mas sem esquecer que vivemos num mundo capitalista, e que as decisões tomadas em prol das pessoas não podem comprometer a sustentabilidade das instituições públicas nem das empresas, só há uma hipótese, só há um partido. Esse partido é o PS.

Votar num partido à direita, seja ele o Chega ou o PSD, é correr o risco de no dia 30 à noite nenhum partido ter maioria e, havendo uma maioria de direita, sermos governados por pessoas que querem privatizar tudo, nomeadamente as pensões e a nossa saúde, e adotar medidas que já não se ouviam desde o tempo do fascismo.

Votar no dia 30 é mesmo muito importante, mas antes reflitam bem como vão votar porque votar de qualquer maneira pode trazer impactos irremediáveis.

Votem no único partido que mostrou ter o foco nas pessoas com a responsabilidade de manter o país no caminho da sustentabilidade e do crescimento económico. No dia 30 de janeiro vota António costa, vota PS.