No passado dia 24 de janeiro, os portugueses escolheram o próximo Presidente da República. O social democrata Marcelo Rebelo de Sousa, conquistou a vitória à primeira volta, com um resultado vitorioso em todos os Distritos de Portugal. Marcelo teve 52% dos votos, conseguindo uma votação superior àquela que Cavaco Silva teve, quando foi reeleito para um segundo mandato em Belém, no ano de 2011.
Em Penafiel, na sequência da vitória da Coligação entre o PSD e o CDS em Outubro, Marcelo Rebelo de Sousa venceu as eleições de forma destacada, colhendo mais de 17.000 votos. Não deixa de ser significativo verificar que os 2 candidatos apoiados pelo PS, Sampaio da Nóvoa e Maria de Belém tiveram cerca de 6.700 votos. Conseguir apenas 18% dos votos no concelho, é um resultado verdadeiramente decepcionante para o Partido Socialista em Penafiel.
Marcelo Rebelo de Sousa é uma personalidade com um grande curriculum académico, de uma inteligência fantástica e, acima de tudo, um cidadão com grande sentido de Estado. Com uma campanha simples, o futuro Presidente da República ganhou as eleições com um orçamento de campanha muito reduzido. Comparando com as candidaturas de Sampaio da Nóvoa (720.000€) e de Maria de Belém (650.000€), podemos dizer que Marcelo Rebelo de Sousa (157.000€) gastou quase 10 vezes menos que os dois candidatos apoiados pelo Partido Socialista.
Muito provavelmente, o próximo Presidente da República terá em mãos a gestão de uma crise política, que poderá surgir a qualquer momento, quando o Bloco de Esquerda ou o Parido Comunista Português tirarem o tapete ao Governo de António Costa. Quando isso acontecer, é bom que esteja em Belém alguém com experiência política e sentido de responsabilidade, para encontrar uma solução política para o país.
É caso para dizer que os portugueses fizeram uma escolha “atinada”!
Nos últimos dias tomamos conhecimento, através dos órgãos de comunicação social, que o Governo PS está com grandes dificuldades em elaborar uma Orçamento de Estado equilibrado. A Comissão Europeia admite que as contas de Mário Centeno não batem certo com a realidade e considera a previsão de crescimento de 2,1% da economia e a redução do défice orçamental para 2,6%, números demasiado optimistas.
Catarina Martins, líder do Bloco de Esquerda, já veio apelar à revolta de António Costa contra Bruxelas e aconselhou o Primeiro Ministro a não ceder às recomendações da Comissão Europeia.
É verdade que o Governo de António Costa e a geringonça de esquerda que o apoio ainda está a viver o seu estado de graça. Mas, como Francisco Assis, destacado militante do Partido Socialista, já avisou “quando passar o estado de ilusão que se instalou no Partido Socialista, haverá muito para discutir e alguma coisa para mudar”.