O sistema informático da Unidade Local de Saúde Tâmega e Sousa (ULS) vai tornar-se, a partir de amanhã, sábado, mais eficaz, e vai visar as urgências das unidades de Penafiel, Cinfães e Amarante.

Esta “intervenção profunda” no sistema informático vai permitir “a atualização do programa SONHO que fornece todo o suporte administrativo e clínico”.

O atual SONHO V2 representa uma revolução tecnológica nas bases de dados de informação clínica que, em muitos hospitais, já estavam absoletas. O novo sistema permite informatizar circuitos funcionais, muitas vezes existentes apenas em papel, de forma a viabilizar e aumentar a eficácia entre sistemas de informação, explica o Serviço Nacional de Saúde.

Reforçam-se, assim, as “condições para a integração de cuidados e garante-se uma melhoria significativa na qualidade, acesso e segurança dos dados clínicos dos utentes. Permite, por exemplo, a interoperabilidade com as aplicações móveis que muitos hospitais têm vindo a disponibilizar aos seus utentes”. 

Nesta fase, e para precaver constrangimentos, a ULS do Tâmega e Sousa solicita aos doentes que, antes de se dirigirem à urgência, contactem o SNS 24, através do número 808 24 24 24, de forma a permitir “uma melhor gestão dos casos e a otimização dos tempos de espera”.

Esta alteração informática já se encontra em curso em todo o Serviço Nacional de Saúde e já ocorreu em diversos hospitais, sendo encarada como “crucial para melhorar a qualidade e a eficiência dos cuidados prestados aos utentes”, lê-se na nota da ULS que se diz “empenhada em efetuar esta transição da forma mais célere e tranquila, agradecendo desde já a compreensão de todos em caso de eventuais constrangimentos”.

Refira-se que, os Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS) prevê implementar este novo sistema em todas as entidades do SNS, até ao final de 2024.

Iniciado em 2013, este processo de migração e consolidação para a versão 2 do SONHO e SClínico, sistema de cuidados hospitalares de suporte ao serviço administrativo e clínico, já foi concluído em 25 instituições do SNS. Este ano, a SPMS prevê efetuar a migração em 23 entidades, ficando assim, e até ao final deste ano, todo o universo do SNS coberto por este sistema, revela a página do Governo.

Neste processo de mudança, o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) tem desempenhado, um papel fundamental, uma vez que permitiu à SPMS reforçar a infraestrutura e acrescentar esta oferta às unidades do SNS.

Esta transição é um processo de grande complexidade tecnológica que implica uma articulação coordenada entre a SPMS e as instituições e tem uma duração mínima estimada de três meses.