O Tribunal Judicial de Penafiel, que foi evacuado ao início da tarde desta quarta-feira devido a uma ameaça de bomba, reabriu, cerca de uma hora e meia depois, após a inspecção ao local pela GNR e pelos elementos das minas e armadilhas ter confirmado tratar-se de um falso alarme.
Ao Verdadeiro Olhar, Armanda Gonçalves, juiz presidente do Tribunal Judicial da Comarca do Porto Este, com sede em Penafiel, confirmou que, após as buscas, não foi encontrado qualquer engenho explosivo, tendo o tribunal reaberto com os funcionários, magistrados e advogados a regressarem às suas funções.
“Através do número geral do tribunal foi recebida uma chamada telefónica. A voz que aparecia não foi possível identificar se era homem se era mulher porque estava distorcida, dizendo que havia uma bomba no tribunal. A funcionária que recebeu a chamada foi directa ao meu gabinete em pânico e eu e a senhora administradora da comarca accionamos os procedimentos normais, primeiro evacuar toda a gente e ligar à autoridade”, explica a juiz presidente.
“A GNR veio passado alguns minutos, mas era preciso uma equipa especializada em minas e armadilhas e vieram os agentes especializados com um cão, fizeram uma vistoria ao tribunal e não encontraram nada e deu-se ordem para entrar”, adiantou Armanda Gonçalves, salientando que foi estabelecido um perímetro de segurança, com as pessoas a ser retiradas das imediações do edifício.
A juiz presidente da Comarca do Porto Este revelou que, na altura do alerta de bomba, estavam a decorrer julgamentos, exames médicos, juntas médicas, com peritos e seguradoras e sinistrados. “Havia diligências em gabinetes, audiências de partes. As pessoas foram esperando, mas a determinada altura tiveram de ir à sua vida e aguardarão nova marcação para realização das diligências”, atestou, salientando que esta foi a segunda vez que o Tribunal Judicial de Penafiel foi alvo de ameaça de bomba.
“Isto é normal, sobretudo, quando estão a decorrer alguns julgamentos com mais repercussão, o que não era o caso. Não estava a decorrer nenhuma diligência especial. Não compreendemos muito bem. Se calhar é mais uma brincadeira”, assegurou, recordando que o Tribunal de Paredes foi, também, recentemente alvo de ameaça de bomba.