No próximo dia 27 de Julho, a Academia Jaime Pacheco, em Lordelo, Paredes, vai receber o I Torneio Solidário da Liga Halux, que pretende ajudar Rodrigo Martins, um menino de Valongo com nove anos que sofre de hipotonia (falta de força muscular).
Até ao próprio dia do torneio de futebol 7 é possível inscrever equipas pelo valor de 75 euros (por cada equipa), que revertem totalmente para ajudar nos tratamentos de Rodrigo, assim como o valor angariado no bar que lá vão instalar.
Luís Moreira e um grupo de mais nove amigos costumam reunir-se à sexta-feira para jogar futebol de salão, naquela que chamam de Liga Halux. Conta que soube do caso do Rodrigo através da mulher e do filho, que anda numa escola em Valongo, e já tinha visto também outros eventos solidários com o mesmo objectivo.
Falou, então, com todo o grupo e com o clube da freguesia – o Aliados de Lordelo -, que cedeu as instalações, e decidiram avançar com a ideia de realizar um torneio solidário.
“Falámos com os pais dele que autorizaram e ficaram contentes com a iniciativa. As expectativas são tentar angariar o máximo possível para ajudar”, refere Luís Moreira.
Além disso, a organização tentou também pedir o apoio de vários clubes de futebol e o que se “disponibilizou de imediato” foi o Rio Ave. Ofereceu uma camisola do clube, autografada por todos os jogadores e staff, para ser rifada e sorteada no dia do evento, que vai decorrer a partir das 10h00.
Até agora, conta, já estão seis equipas inscritas, “mas outras já ligaram a dizer que estão ainda à espera de reunir a equipa completa”.
Para a mãe de Rodrigo, que teve de deixar de trabalhar para poder acompanhar o filho, é “um apoio”. “Tudo o que fazem para nos ajudar, a gente tem que aproveitar. Infelizmente, temos que pedir”, lamenta Antónia Martins, que refere que, anualmente, há sempre “um ou dois eventos para o Rodrigo”.
A família gasta mais de 1.000 euros mensais com a fisioterapia particular do filho, durante quatro horas por semana, e outras despesas fixas, como as fraldas, mas garante que não vão baixar os braços. “Vamos insistir para que ele seja independente. Não podemos desistir agora”, sublinha, explicando que o filho, por vezes, não quer fazer a fisioterapia, mas que agora está na fase de andar de canadianas, o que é conseguido, juntamente com outras melhorias, graças a esse tratamento.