O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) prevê para os próximos dias uma subida da temperatura máxima, que pode levar a um aumento do perigo de incêndio rural.

Em comunicado, o IPMA refere que a subida da temperatura está relacionada com o “estabelecimento de uma crista anticiclónica sobre o golfo da Biscaia e um vale depressionário que se estende desde Marrocos em direção à Península Ibérica que dará origem a uma circulação atmosférica favorável a uma situação de tempo quente e seco em Portugal continental”.

Assim, para os próximos dias, prevê-se uma subida da temperatura, em especial da máxima, sendo de esperar valores acima de 30 graus na generalidade do território. A mínima segue a mesma tendência, com um ligeiro aumento.

Com a chegada do calor, há um risco elevado de perigo de incêndio rural em vários concelhos do interior norte e centro, bem como na região sul, com implicações na restrição ao uso do fogo e das atividades permitidas em meio rural.

“A tendência aponta para uma pequena descida dos valores de temperatura durante o fim de semana, no entanto, os valores da máxima deverão ainda persistir elevados nos dias seguintes”, acrescenta o IPMA, na mesma nota.

Face à previsão de tempo quente, a Direção-Geral da Saúde (DGS) recomenda a adoção de medidas contra o calor, aconselhando a população a procurar ambientes frescos e arejados, ou climatizados. Também aumentar a ingestão de água ou de sumos de fruta natural sem açúcar e evitar o consumo de bebidas alcoólicas, assim como a exposição direta ao sol, principalmente entre as 11h00 e as 17h00.

Ainda o uso de roupa solta, opaca e que cubra a maior parte do corpo, de chapéu de abas largas e óculos de sol com proteção ultravioleta e evitar atividades que exijam grandes esforços físicos, nomeadamente desportivas e de lazer no exterior.

A DGS recomenda ainda que se escolha as horas de menor calor para viajar de carro e pede “atenção especial” aos grupos mais vulneráveis ao calor, como crianças, idosos, doentes crónicos, grávidas, pessoas com mobilidade reduzida, trabalhadores com atividade no exterior, praticantes de atividade física e pessoas isoladas.