O novo tarifário de água e saneamento de Valongo, resultante do quarto aditamento ao contrato de concessão e exploração dos sistemas de abastecimento de água para consumo público e de recolha e tratamento e rejeição de efluentes do concelho, que vai trazer aumentos na factura, entrará em vigor já em Outubro.

O assunto voltou a reunião de câmara esta quinta-feira, depois de receber o parecer da ERSAR – Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos, e vai ainda voltar a passar pela Assembleia Municipal.

Apesar dos aumentos previstos, o presidente da Câmara Municipal de Valongo voltou a salientar que o concelho tem a 5.ª tarifa média mensal mais baixa da Área Metropolitana do Porto.

Aumento de dois euros para os consumidores domésticos

“Com este aditamento vamos resolver um problema com 10 anos”, defendeu, mais uma vez, José Manuel Ribeiro. O autarca lembrou que, para um consumo padrão de 10 metros cúbicos de água nos utilizadores domésticos, o custo médio vai passar de 17,17 euros mensais para os 19,18 euros mensais. “Na AMP só há quatro concelhos mais baratos do que nós”, sustentou. Comparando com os municípios à volta, o presidente da Câmara afirmou ainda que “em Gondomar, pelos mesmos 10 metros cúbicos, pagam-se 28 euros, e em Paredes 26,6 euros”.

Para o mesmo consumo, as autarquias e IPSS’s terão um aumento médio de três euros na factura e o comércio e a indústria cerca de seis euros, refere a proposta.

Segundo o autarca, este tarifário vai também permitir a tarifa social, que vai beneficiar milhares de famílias, e a câmara passará a receber uma retribuição pelo negócio. Este aditamento vai ainda permitir avançar com o decantador em Ermesinde e a ampliação da ETAR de Campo, acabando com maus-cheiros. “Olhando em volta o resultado final não é negativo, mas podia ser melhor”, concordou José Manuel Ribeiro.

O PSD não tem o mesmo entendimento. “Nós discordamos deste processo desde o início e vamos discordar dele até ao fim e algumas conclusões do parecer da ERSAR incomodam-me”, como as que referem que “as variações introduzidas são sempre em desfavor dos utilizadores”, sustentou o vereador Luís Ramalho.

A proposta foi aprovada com os votos contra dos três eleitos do PSD.

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