De acordo com o índice sintético de desenvolvimento regional, só quatro das 25 sub-regiões (NUTS III) superavam a média nacional em termos de desenvolvimento regional global: as áreas metropolitanas de Lisboa e do Porto, o Cávado e a Região de Aveiro.
Os dados do Instituto Nacional de Estatística, que analisam o desempenho destas regiões do país em 2018 levando em conta as vertentes competitividade, coesão e qualidade ambiental, mostram que o Tâmega e Sousa é a quarta pior região do país, ultrapassando apenas a Região Autónoma dos Açores, o Douro e o Alto Tâmega. Está abaixo da média nacional nos índices de competitividade e coesão, destacando-se apenas na qualidade ambiental.
Numa análise índice a índice, três sub-regiões superavam a média nacional na competitividade: a Área Metropolitana de Lisboa (113,5), com posição destacada, a Área Metropolitana do Porto (105,98) e a Região de Aveiro (105,03). É neste indicador que existe “a maior disparidade regional”, conclui o INE. “De uma forma geral, o Interior continental e as regiões autónomas apresentavam um índice de competitividade mais reduzido em comparação com o Litoral continental”, refere o estudo. O Tâmega e Sousa fica abaixo da média nacional com um índice de 87,15. Ainda assim, supera sete sub-regiões, sendo a menos competitiva a do Douro.
“No índice de coesão, os resultados reflectem um retrato territorial mais equilibrado que o observado para a competitividade na medida em que sete sub-regiões superavam a média nacional. Mas o Tâmega e Sousa tem o terceiro índice mais baixo (87,29). “As duas regiões autónomas, o território da região Norte, constituído pelo Tâmega e Sousa e pelo Douro e, a sul, o Baixo Alentejo apresentavam os índices de coesão mais baixos”, diz o INE.
A situação inverte-se na qualidade ambiental. “A média nacional nesta dimensão era superada por 16 NUTS III, verificando-se uma disparidade territorial menor que a observada nas restantes dimensões”, refere o documento. O Tâmega e Sousa é a oitava sub-região com melhor indicador (104,54).
Há uma “concentração de sub-regiões com índices de qualidade ambiental mais elevados no Interior continental e nas regiões autónomas, com o padrão territorial dos resultados desta dimensão a sugerir um aumento progressivo da qualidade ambiental do Litoral para o Interior continental. Neste contexto, importa destacar as NUTS III da faixa Litoral norte do Continente – Área Metropolitana do Porto (101,53), Alto Minho (102,89) e Cávado (101,93) – com resultados superiores à média nacional. Entre as sub-regiões com índices abaixo da média nacional, encontravam-se seis das 10 NUTS III mais competitivas: Região de Aveiro, Região de Leiria, Oeste, Área Metropolitana de Lisboa, Alentejo Litoral e Algarve”, dá como exemplo o INE.
Estes dados foram compilados num Índice Sintético de Desenvolvimento Regional (ISDR) que privilegia uma visão multidimensional do desenvolvimento regional, incluindo vários indicadores que resultam nos três índices: coesão, competitividade e qualidade ambiental.
O Tâmega e Sousa tem um ISDR de 92,67, sendo a quarta região com menor índice no país.