O Tâmega e Sousa é uma “região-problema”, apresentando dos piores indicadores do país, disse António Cunha, presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N), numa reunião com os autarcas da Comunidade Intermunicipal (CIM) do Tâmega e Sousa para preparar o próximo ciclo de fundos comunitários para a região, realizada em Penafiel.
“Da ordem de trabalhos da reunião constaram o ponto da situação da execução do Norte 2020 e da preparação do próximo ciclo de fundos comunitários 2021-2027 para a região Norte (Norte 2030), dois pontos com implicações directas na actualidade e no futuro da região do Tâmega e Sousa, bem como a proposta de Acordo de Parceria Portugal 20230, que está em discussão pública”, explica nota de imprensa da CIM.
De acordo com a mesma fonte, no actual ciclo de financiamento comunitário (Norte 2020), a região do Tâmega e Sousa tem “também dos piores indicadores da região Norte”. “De destacar o facto de o Tâmega e Sousa registar um fundo aprovado por habitante no valor de 2.028 euros, o mais baixo das oito NUTSIII que compõem a região Norte, sendo a média da região de 2.860 euros/habitante”, refere a Comunidade Intermunicipal.
Perante este cenário, “os autarcas do Tâmega e Sousa voltaram a revindicar ao presidente da CCDR-N uma discriminação positiva na captação de fundos do próximo quadro comunitário, por considerarem que só desta forma será possível resolver os problemas estruturais desta região, para que a mesma seja uma verdadeira ‘região-oportunidade’ e não uma ‘região-problema’”, sendo que António Cunha se comprometeu a empenhar-se no sentido de criar mais oportunidades para este território.
Para os próximos anos, os autarcas do Tâmega e Sousa apontaram como prioritários os investimentos na mobilidade e nos transportes, mais concretamente na ferrovia, na atracção e captação de investimento empresarial, bem como de instituições universitárias e centros de investigação, desenvolvimento e inovação.