À semelhança do que tem acontecido nos últimos anos, as Serras de Santa Justa e Pias, em Valongo, estão a ter vigilância a cavalo para prevenir incêndios florestais.
A Câmara aprovou a renovação do protocolo de colaboração com a Academia de Formação Equestre e Hipoterapia de Valongo e Campo para implementação do projecto “Vigia a Cavalo”, apoiado com cerca de 7.800 euros.
“O território de Valongo apresenta uma ocupação florestal de 4.300 hectares, mais de metade da superfície total do concelho e parte dele – 1.100 hectares – está classificado como Área de Paisagem Protegida de Âmbito Regional, constituindo uma unidade paisagística de extrema significância pelo seu rico e imenso património, com habitats e espécies de flora e fauna protegidas, englobadas no Sítio de Importância Comunitária ‘Valongo’ da Rede Natura 2000 enquadradas no Parque das Serras do Porto”, lembra a proposta aprovada numa das últimas reuniões de executivo.
“A Academia de Formação Equestre e Hipoterapia de Valongo Centro Hípico de Valongo usufrui destes recursos florestais, imprescindíveis à sua actividade, pelo que tem vindo há vários anos a efectuar uma actividade dissuasora de vigilância a cavalo na Serra de Pias, que constitui uma parte importante das acções de prevenção de incêndios florestais. A vigilância móvel enquadrada no dispositivo municipal e distrital contribui para o aumento da eficácia da detecção de focos de incêndio florestais que todos os anos, com maior ou menor intensidade, assola parte deste património sensível”, descreve o documento, salientando a importância de manter o trabalho dos últimos três anos.
Ao município cabe a cedência de um telemóvel à equipa de vigilância, para comunicações com a Protecção Civil da autarquia e corpos de bombeiros, a cedência de binóculos e colectes reflectores e um apoio financeiro no valor total de 7.762,50 euros “destinado a custear as despesas de alimentação de cada vigilante, durante os meses de vigência do contrato”. À Academia Equestre compete assegurar com cinco elementos pertencentes ao centro hípico para se deslocarem a cavalo, em acções de vigilância móvel, nos percursos e horários definidos pelo Serviço Municipal de Protecção Civil e Protecção da Floresta, num total de seis horas diárias, incluindo os feriados e fins-de-semana.
A vigilância começou em Junho e prolonga-se até Outubro.