A Segurança Social justifica o encerramento da Casa do Gaiato de Beire com “deficientes condições das instalações e de segurança e insuficiência de recursos humanos”.
Ao Verdadeiro Olhar, a instituição explica que a inspecção realizada ontem, que terminou com a retirada de cerca de 40 utentes da instituição, aconteceu no “seguimento de denúncias, e após solicitação e comunicação do Ministério Público efectuada no âmbito de um inquérito”.
O Instituto da Segurança Social avançou então para uma acção de fiscalização da instituição gerida pela Obra do Padre Américo, em Beire, Paredes.
“Após avaliação das condições de funcionamento e face às graves irregularidades verificadas – deficientes condições das instalações e de segurança e insuficiência de recursos humanos, que colocava em perigo iminente a integridade de utentes, portadores de deficiências físicas e/ou mentais, entre outras – conclui-se pela necessidade de se proceder ao encerramento urgente da resposta social”, refere a mesma entidade nas respostas enviadas.
A Segurança Social desenvolveu então, com o apoio das suas equipas técnicas, as diligências necessárias ao encaminhamento dos utentes para estabelecimentos licenciados.
“Dada a ausência de qualquer responsável na instituição e em ordem a garantir a normalidade da acção, contactou-se de imediato as forças policiais como habitualmente sucede, que coadjuvaram, ao longo da tarde, as equipas na realização da referida acção”, garante o Instituto da Segurança Social.
Recorde-se que o padre Júlio Pereira, responsável pela instituição, criticou hoje a forma “desumana” como se procedeu à retirada dos utentes e nega que haja falta de condições.