Os investimentos para resolver o problema causado pela ETAR de Arreigada, em Paços de Ferreira, no Rio Ferreira, afectando sobretudo a freguesia de Lordelo, em Paredes, ainda estão a ser reclamados junto do Governo, mas, mesmo que as verbas pretendidas – 15 milhões de euros – venham, a obra ainda irá demorar, avisou o presidente da Câmara de Paredes, em reunião de executivo.
“Na última reunião já o questionei e não nos deu um prazo concreto sobre a previsão do tempo de construção da ETAR. Claro que quem tem obrigação de a construir é o município de Paços de Ferreira, mas quem está a ser prejudicado somos nós e quem tem a obrigação de exigir que seja feita somos nós”, advogou Ricardo Sousa, vereador eleito pelo PSD. “Há previsão de tempo mais concreta e há garantias de financiamento para construção da ETAR? O que veio a público é que o ministro não se comprometeu”, acrescentou o social-democrata.
“Vão ter de ser feitos investimentos adicionais, que ainda estão a ser reclamados junto do Ministério do Ambiente”, começou por esclarecer Alexandre Almeida, mas alertou: “Logo que sejam garantidas verbas, lançar o procedimento e executar a obra, acho que nunca antes de um ano a um ano e meio esses investimentos estarão concluídos. Nós não temos varinha mágica e julgo que Paços de Ferreira também não. Fazer uma obra daquelas em menos tempo é irrealista”, sustentou o edil paredense.
Recentemente, aquando da apresentação do orçamento do município para 2023, questionado pelos jornalistas, o autarca de Paredes tinha deixado a garantia de fiscalizar esse investimento mais de perto. “Garanto que, se no passado era a Paços de Ferreira que competia acompanhar e fiscalizar esse investimento, tendo em conta o resultado, desta vez vamos querer acompanhar de mais perto a tecnologia que vão lá colocar e como vai funcionar para que não voltemos a ter a situação que temos”, referiu. “A situação está melhor do que estava no passado, mas ficou aquém do que era esperado com o investimento de cinco milhões” feito, realçava.
Recorde-se que o presidente da Câmara de Paços de Ferreira também já assumiu que o investimento realizado “foi insuficiente” para resolver o problema e que estava a ser preparada uma intervenção, de 15 milhões de euros para ampliar a ETAR existente.
