Os movimentos ‘Mataram o Rio Ferreira’ e ‘MovRioDouro’ saem à rua para protestarem contra a “ausência de ações do Governo no combate ao atentado ambiental no rio Ferreira”, insurgindo-se ainda contra “os milhões gastos numa ETAR deficiente”.
Os grupos vão encontrar-se este sábado, 17 de junho, às 15h00, na Levada do Souto, em Lordelo, município de Paredes, seguindo depois, com um buzinão, até à ETAR de Arreigada, em Paços de Ferreira.
Citada na nota de imprensa, Nadine Gonçalves, porta-voz do movimento Mataram o Rio Ferreira, refere que, “chegou o momento de dizer ‘basta”, porque não é possível tolerar mais aquilo que apelida de “indiferença perante um dos maiores atentados ambientais do distrito do Porto”.
A paredense, que é de Lordelo, e luta há mais de 15 anos contra esta agressão ao meio ambiente, conta que “a gota de água surgiu há umas semanas, quando a autarquia de Paredes anunciou um investimento, do município de Paços de Ferreira, de “600 a 700 mil euros” “na instalação de uma ETAR provisória, e de mais 15 milhões de euros na ampliação da atual”.
Os movimentos não entendem estes investimentos e exigem uma “resposta e uma resolução” para um problema que se arrasta há demasiado tempo. E este buzinão serve para dar eco a uma exigência que passa por conseguir respostas, não só sobre “o destino dos milhões de euros já investidos”, mas também, como é que está pleanada a resolução do problema “com o triplo do investimento”.
Porque enquanto “o rio continua a levar, diariamente, com milhares de metros cúbicos de esgoto não tratado”, enquanto as entidades responsáveis “assobiam para o lado”, acusa Nadine Gonçalves.
Também Gustavo Briz, explica que o MovRioDouro está solidário “com as pessoas de Paços de Ferreira, Paredes e dos concelhos a jusante da ETAR, que há anos sofrem com esta agressão ao rio e pagam por um serviço de saneamento que não funciona”.
Por isso, alinha pela mesma bitola e refere que também procuram “uma resposta urgente da APA e dos municípios, para este problema”, acrescentando que querem saber “para onde foram parar todos os fundos investidos na ETAR”.
Paralelamente a esta ação, os dois movimento lançaram on-line, um manifesto que pede “Justiça pelo Rio Ferreira”, onde pretendem recolher assinaturas das populações visadas.