Esta terça-feira, o Rio Sousa ficou coberto de dejectos de animais, normalmente usados como fertilizante. O rio ficou coberto de uma espuma espessa e os maus cheiros gerados fizeram-se sentir ao longo de quilómetros.
O presidente da Junta de Sobreira criticou mais este atentado ambiental. “Infelizmente, a capa do acidente e da imprevisibilidade é feita à medida para desresponsabilizar os actores que, por omissão ou negligência, permitem estas ocorrências, estes atentados à Natureza e ao Bem Público”, sustenta João Gonçalves. “Nada desculpará a inacção, a falta de vigilância, o desleixo. Neste momento o mínimo que posso pedir e exigir a quem de direito, é que aja com a eficácia, a que o assunto obriga, e produza a informação fidedigna que as populações ribeirinhas exigem”, acrescenta o autarca.
O ocorrência foi registada pela GNR. Segundo a Câmara Municipal de Paredes, o Serviço de Protecção da Natureza e do Ambiente da GNR identificou como fonte poluidora uma vacaria situada em Rans, Penafiel. “Houve um desabamento de terras que provocou a queda de um muro de um depósito que continha 250 mil litros de chorume (dejectos sólidos e líquidos de animais para serem usados como fertilizante)”, explica a autarquia, garantindo que “a fauna e a flora não terão sido afectadas”.