Portugal, sempre foi um país com uma forte vertente de emigração, com concidadãos que de forma arrojada, empenhada e determinada, ultrapassaram fronteiras em prol de um futuro melhor.
A esmagadora maioria deles, conseguiram granjear o respeito e admiração pelos locais de acolhimento, com uma perfeita integração, com resultados positivos que a todos nos enche de orgulho.
Mas é igualmente verdade, que tendo o conceito de emigração mudado nos últimos anos, são milhares os portugueses que regressam aos seus locais de origem, deixando nesses territórios valor acrescentado.
Cabe pois, aos diferentes organismos do estado, proporcionar e dotar dos meios adequados com vista a que este objetivo seja alcançado na plenitude.
A criação de Gabinetes de Apoio ao Emigrante, em conjugação com os Gabinetes de Apoio ao Investidor da Diáspora, é um objectivo central do actual governo, e, em particular do Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE) através da Secretaria de Estado das Comunidades Portuguesas (SECP).
Estando os concelhos dotados destes gabinetes, e num total de 308 municípios, já estão em funcionamento 132 gabinetes, sendo certo que a breve trecho este número aumentará significativamente.
Estes gabinetes, entre outras coisas, apoiam os cidadãos que pretendam emigrar bem como aqueles que se encontram a residir e a trabalhar nos países de acolhimento, ajudam e incentivam os concidadãos nacionais que regressam definitivamente ao país de origem, aproveitando também o poder económico das Comunidades Portuguesas, associado às potencialidades oferecidas pela região, promovendo projetos de investimento e desenvolvimento locais, em conjugação com o Gabinete de Apoio ao Investidor da Diáspora.
Todas as ações que visam apoiar o associativismo e que promovam e favoreçam o conhecimento da cultura portuguesa, também merecem uma particular atenção por parte destes gabinetes.
Em suma, todas as acções concretas que apoiem e ajudem a nossa diáspora são, não só bem-vindas, como de todo desejáveis, e um reconhecimento por parte do poder central e local, ao arrojo, à determinação e empenho da nossa comunidade emigrante.
No final do ano, a nossa região irá acolher um importante encontro dos investidores da diáspora, que dignificará de sobremaneira este território e todos os concelhos que o integram, sendo também uma demonstração cabal da vontade e efectiva descentralização que o poder central está a fazer neste domínio.
Desta forma são respeitadas as idiossincrasias dos territórios e potencia-se as regiões, que merecem ser alvo de discriminação positiva, com as consequências favoráveis que daí advêm para todos.