Num ano marcado pela pandemia, as rendas das casas subiram 5,5% para uma média de 5,61 euros por metro quadrado, revelam os dados mais recentes do Instituto Nacional de Estatística. Ainda assim, esse aumento foi metade do registado em 2019.
“No 2.º semestre de 2020 (últimos 12 meses), a renda mediana dos 79 878 novos contratos de arrendamento de alojamentos familiares em Portugal atingiu 5,61 €/m2, aumentando +5,5% face ao período homólogo”, lê-se no relatório Estatísticas de Rendas da Habitação ao nível local.
O valor das rendas situou-se acima do valor nacional nas sub-regiões Área Metropolitana de Lisboa (8,57 €/m2), Algarve (6,63 €/m2), Área Metropolitana do Porto (6,12 €/m2) e Região Autónoma da Madeira e (5,99 €/m2), sendo que as áreas metropolitanas de Lisboa e do Porto representaram, em conjunto, 50% do total de novos contratos do país e o Algarve 5,9%.
Já a sub-região do Tâmega e Sousa é a segunda do país com rendas mais baixas (2,86 €/m2), sendo apenas superada pelas Terras de Trás-os-Montes (2,43 €/m2).
Os concelhos de Lousada, Paços de Ferreira, Paredes, Penafiel e Valongo registaram aumentos no valor médio das rendas.
Destes cinco municípios, Lousada é aquele que mantém as rendas medianas mais baixas, segundo os dados do INE relativos a 2020. Neste concelho, o custo é de cerca de 2,69 €/m2. É o valor mais baixo do Vale do Sousa. Já olhando ao Tâmega e Sousa o valor mais baixo de arrendamento é em Cinfães (2,39 €/m2). De realçar que Lousada é um dos 19 concelhos do Norte onde se registaram valores de novos contratos de arrendamento destinados à habitação inferiores ou iguais a 3 €/m2, diz o INE.
Ainda no Tâmega e Sousa onde se paga mais por metro quadrado é em Penafiel (3,19 euros). Segue-se Paços de Ferreira, com 3,17 €/m2 e Amarante com 2,92 €/m2.
Paredes, onde o valor mediano das rendas por m2 de novos contratos de arrendamento de alojamentos em 2020 foi de 3,62 €/m2, tem o 4.º valor mais baixo da Área Metropolitana do Porto, sendo superado por Oliveira de Azeméis (3,32), Vale de Cambra (3,33) e Santo Tirso (3,53). Os concelhos com valores mais elevados são Porto (8,70), Matosinhos (7,72) e Vila Nova de Gaia (6,50). Valongo fica abaixo disso, tendo um valor médio de 5,42 €/m2. É o valor mais alto dos cinco municípios em análise.
Em relação aos dados do 2.º semestre de 2019, houve aumentos do valor das rendas medianas nestes cinco concelhos. Em Lousada a subida foi de 7,6%, em Paços de Ferreira de 5%, em Paredes de 8,7%, em Penafiel de 9% e em Valongo de 7,1%.
Em Paredes, Área Metropolitana do Porto, são discriminados dados para as quatro freguesias cidade do concelho. A mais cara é Gandra, com 4,65 euros/m2, seguindo-se Paredes, com 4,42 €/m2, Rebordosa 3,23 €/m2 e Lordelo 3,15 €/m2.
Também em Valongo há dados por freguesia. Aquela em que o valor mediano das rendas por m2 de novos contratos de arrendamento de alojamentos familiares nos últimos 12 meses é mais elevado é em Ermesinde: 5,67 €/m2. Em Valongo é de 5,44 €/m2, em Alfena 5,01 €/m2 e na União de Freguesias de Campo e Sobrado 3,50 €/m2.
Quanto ao número de novos contratos realizados nos últimos 12 meses, os dados do INE mostram que aumentaram em todos os concelhos menos Valongo, quando comparado com o período homólogo.
Valongo foi o município onde foram realizados mais novos contratos, 614, segue-se Paredes com 420, Penafiel com 259, Paços de Ferreira com 213 e Lousada com 168.