Políticos e clientes
Aspirantes a inocentes
Gente do faz de conta
Pobo que num é o meu
Palco de artistas, péssimos atores
Que como se fossem senhores
Trazem carros nobos, maus odores
E dão táticas como doutores.
Bamos dar-lhes uma abada e ensinar-lhes o qué bom
Bamos correr com esses carunchosos
Dementes gloriosos, escolhidos a dedo
Como se nós tivéssemos medo
Bamos lá, cambada, mesmo à molhada
Isto não é Paredes total
Deixem-se de tretas
Que isto está tudo mal
Bamos lá, cambada, mesmo à molhada
Isto não é Paredes total
Deixem-se de fotografias
Não nos enganem todos os dias
Não nos façam mais fintas
Porque são fracos das canetas
E ainda se dão mal com tantas tretas
Ou fazem agora e deixam de defender pra fora
Ou são tão toscos, nem dão pr’aquecer
Ou suar a camisola e jogam mal sem bola
Disfarçam pró árbitro não ber
O que está a acontecer
Almeida, a ele Leal e ao Paulo submisso
Pra aprenderem como é,
Num dia que que já faltou mais
Sem ser à cabeçada ou kung-fu
Um pontapé no cu levais
E só parais nos hospitais
Bamos lá, cambada, mesmo à molhada
Que isto não é Paredes total
Deixem de ser jarretas
Força nas canetas
Que já estamos fartos
De tantos aparatos
Bamos lá, cambada, somos mais do que lambretas
Paredes é uma naçom
Ou ainda vem a Brigada Zarcão
E borra-vos as tabuletas!
Os paredenses já provaram muitas vezes
Saber ser bons fregueses das grandes ocasiões
Nesta jornada nem que seja à pantufada
Não estaremos na bancada
Mas não há-de faltar porrada
(Biba Paredes, biba Paredes, biba Paredes)
Bamos lá, cambada, Paredes não é rosa
Isto não é só Rebordosa
Ou fazem qualquer coisa de bom
Ou levam com a Brigada Zarcão