REDAÇÃO: Bamos lá, cambada!

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Políticos e clientes

Aspirantes a inocentes

Gente do faz de conta

Pobo que num é o meu

Palco de artistas, péssimos atores

Que como se fossem senhores

Trazem carros nobos, maus odores

E dão táticas como doutores.

 

Bamos dar-lhes uma abada e ensinar-lhes o qué bom

Bamos correr com esses carunchosos

Dementes gloriosos, escolhidos a dedo

Como se nós tivéssemos medo

 

Bamos lá, cambada, mesmo à molhada

Isto não é Paredes total

Deixem-se de tretas

Que isto está tudo mal

 

Bamos lá, cambada, mesmo à molhada

Isto não é Paredes total

Deixem-se de fotografias

Não nos enganem todos os dias

 

Não nos façam mais fintas

Porque são fracos das canetas

E ainda se dão mal com tantas tretas

Ou fazem agora e deixam de defender pra fora

Ou são tão toscos, nem dão pr’aquecer

Ou suar a camisola e jogam mal sem bola

Disfarçam pró árbitro não ber

O que está a acontecer

 

Almeida, a ele Leal e ao Paulo submisso

Pra aprenderem como é,

Num dia que que já faltou mais

Sem ser à cabeçada ou kung-fu

Um pontapé no cu levais

E só parais nos hospitais

Bamos lá, cambada, mesmo à molhada

Que isto não é Paredes total

Deixem de ser jarretas

Força nas canetas

Que já estamos fartos

De tantos aparatos

 

Bamos lá, cambada, somos mais do que lambretas

Paredes é uma naçom

Ou ainda vem a Brigada Zarcão

E borra-vos as tabuletas!

 

Os paredenses já provaram muitas vezes

Saber ser bons fregueses das grandes ocasiões

Nesta jornada nem que seja à pantufada

Não estaremos na bancada

Mas não há-de faltar porrada

(Biba Paredes, biba Paredes, biba Paredes)

 

Bamos lá, cambada, Paredes não é rosa

Isto não é só Rebordosa

Ou fazem qualquer coisa de bom

Ou levam com a Brigada Zarcão