Depois de ter levantado o tema em reunião de executivo, o PSD Paredes emitiu um comunicado dizendo-se preocupado com a “instabilidade” na administração dos Serviços Municipalizados de Águas e Saneamento de Paredes (SMAS), apontando que “Renato Almeida nem aqueceu o lugar”.
“Ainda não iniciou funções e já destituíram Renato Almeida. Esta dança das cadeiras não se compreende e as justificações apresentadas por Alexandre Almeida quando questionei os motivos para tão estranha decisão, não colhem. Na sequência de outros episódios, Renato Almeida volta a ser diminuído politicamente pelo presidente da Câmara que manifesta assim a falta de confiança política no vereador. Se ele próprio não confia no seu vereador como podem os paredenses confiar?”, pergunta o presidente do partido, Ricardo Sousa.
Em causa a confirmação dada pelo presidente da Câmara de Paredes de que Renato Almeida afinal não iria integrar a administração dos SMAS, como inicialmente previsto, sendo substituído pela também vereadora Tânia Ribeiro.
“Depois de rasgados elogios a Renato Almeida, vereador que iria gerir os destinos das Águas de Paredes, retirou-lhe a confiança política para tal cargo, entregando essa tarefa à vereadora Tânia Ribeiro. Só agora é que Alexandre Almeida reparou que a vereadora tinha mais capacidades para liderar estes serviços?”, acrescenta o social-democrata.
Ricardo Sousa termina com outra questão: “Se este vereador não tem capacidade de ser administrador do SMAS, que condições politicas tem para continuar no executivo?”.
Em reunião de câmara, o presidente da autarquia, Alexandre Almeida confirmou que serão ele, Elias Barros e Tânia Ribeiro no conselho de administração, mas negou qualquer retirada de confiança. “Não há aí questão política nenhuma. Simplesmente entendemos que deveria haver uma parte financeira e outra operacional. Na parte do controlo financeiro e decisão política estaremos eu e o senhor vice-presidente, que teremos a última palavra sobre onde vamos fazer os investimentos. Em termos operacionais, interessava-nos ter uma vereadora, que é actualmente responsável pelas obras por administração directa, porque vamos ter muitas obras em curso”, disse o autarca. “O senhor vereador [Renato Almeida] continua a ser responsável pela parte financeira do município, como foi até agora. Foi uma pessoa que acompanhou o processo do resgate do princípio ao fim. Simplesmente em termos operacionais não vai acompanhar. Não há qualquer tipo de questão política”, sustentou, na referida reunião.