As obras para a construção do novo quartel da GNR de Freamunde vão avançar. Hoje, a Câmara Municipal de Paços de Ferreira aprovou, em reunião do executivo, um protocolo de colaboração com o Ministério da Administração Interna (MAI) “para a celebração do contrato de cooperação interadministrativo”, de forma a avançar com o processo de edificação.
Segundo a autarquia, depois de várias diligências efetuadas pelo município, nomeadamente, “com visitas a diversos locais da cidade de Freamunde, e colocadas diferentes soluções para esse efeito, o MAI optou pela parcela de terreno junto às piscinas municipais de Freamunde, solução que considerou a mais adequada para a instalação do quartel”, o que mereceu também a anuência da Junta de Freguesia.
Refira-se que esta obra surge no âmbito de um programa de modernização e operacionalidade das forças de segurança, levado a cabo pelo Governo, e que visa a valorização dos recursos humanos e condições de trabalho dos agentes, e no qual se insere este equipamento.
Citado em nota de imprensa, o autarca de Paços de Ferreira, Humberto Brito, sublinhou que, “se a Câmara Municipal rejeitasse hoje este protocolo e o respetivo contrato de cooperação interadministrativo com o MAI, a cidade de Freamunde e o concelho corriam o risco de não ver realizada tão cedo uma obra de vital importância, uma vez que, não há nenhuma alternativa validada pelo ministério ou pela pela própria GNR”.
Argumentos que não convecem o PSD que, na reunião de executivo, votou contra esta proposta. Questionado pelo Verdadeiro Olhar sobre esta posição, Alexandre Costa, vereador social democrata, explicou que este foi um “voto de protesto”, não pela edificação do equipamento, que defendem, mas “pela localização”.
O espaço onde se pretende a instalação do novo posto, “foi adquirido para a construção das piscinas municipais de Freamunde, sendo um projeto que incluia ainda a edificação de piscinas exteriores e uma zona desportiva”. Ora, fazer nascer ali o posto da GNR, vai “criar constrangimentos numa zona que é residencial e de lazer”, para além do “impacto urbanístico negativo”.
Assim, para o PSD, esta localização representa uma “clara destruição do património da cidade de Freamunde” e, por isso, diz esperar que, a autarquia “possa encontrar outra solução”.
Mas Humberto Brito contrapõe, dizendo que, votar contra a celebração deste protocolo “significa que o PSD não quer que se faça este investimento na cidade de Freamunde”, porque, hoje, não estava a ser votada a localização, “mas estava a ser dado o pontapé de saída para o início do processo de construção” daquela estrutura.