Os vereadores do PSD de Paços de Ferreira votaram contra a proposta do executivo liderado por Humberto Brito para o alargamento das refeições escolares gratuitas até ao 12.º ano.

Em comunicado, Joaquim Pinto e Célia Carneiro explicam porquê: “por princípio, não concordamos com uma lógica de tudo oferecer a todos, mesmo aqueles que não precisam de ajuda; só em casos excepcionais, que propusemos, é que os alunos deverão ser tratados por igual; as refeições devem ser oferecidas a quem realmente necessita de apoio, sendo certo que estes já se encontram abrangidos pelos escalões pagos pelo Ministério da Educação”.

Além disso, os eleitos pelo PSD salientam que “ao longo do presente mandato, foram propondo o alargamento das refeições escolares gratuitas aos alunos do pré-escolar do nosso concelho”, já que entendiam que não fazia sentido, no mesmo centro escolar, “os alunos serem tratados com dois pesos e duas medidas”.

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“A reacção da maioria socialista a esta proposta foi sempre a mesma: ‘impossível de se concretizar’, ‘medida populista’ e ‘o PSD gosta de dar sempre mais’ foram alguns dos epítetos usados nos momentos em que defendemos esta solução”, criticam os social-democratas em comunicado. “Eis que, vá lá saber-se porquê, a maioria socialista decide não só acatar a nossa medida como alargar a todos os alunos, de todos os anos letivos, a oferta das refeições escolares”, acrescentam.

No documento enviado à comunicação social, os vereadores deixam perguntas ao presidente da Câmara de Paços de Ferreira. Nomeadamente “o que mudou em relação aos anteriores momentos em que o PSD propunha as refeições escolares gratuitas para os alunos do pré-escolar e a maioria socialista demonstrava total indisponibilidade para avançar com essa medida” e “por que razão o dinheiro que será gasto nesta medida, com alunos que não necessitam de apoios, não é direccionado para as famílias e empresas que sofreram com o COVID-19 de forma a não terem, por exemplo, que pagar a taxa de lixo ou da água”.