Os vereadores do PSD questionaram, esta terça-feira, em reunião de executivo, o presidente da Câmara Municipal de Paredes sobre as viaturas que estão afectas ao transporte de resíduos sólidos urbanos para aterro.
“Queria que nos informassem qual o número de viaturas que estão afectas a este serviço, até porque, como sabe, no final do mandato anterior a câmara tinha duas viaturas afectas a este serviço, embora já em mau estado, e adquiriu uma viatura nova. Pelo segundo ano consecutivo a câmara municipal contratou a uma empresa privada este serviço. É uma questão de opção e não sabemos porquê. Gostava que nos explicassem as razões, porque os valores dos contratos já serviam para pagar uma nova viatura e ainda sobrava dinheiro”, apontou Rui Moutinho, eleito pelo PSD.
Em causa estarão dois contratos celebrados com uma empresa, em 2018 e 2019, para os “serviços de transporte de contentores de transferência dos resíduos indiferenciados do Ecocentro de Cristelo para o aterro sanitário na freguesia de Rio Mau, concelho de Penafiel”, no valor de 70 mil euros e 69.750 euros, segundo o Portal Base.
Na resposta, Alexandre Almeida falou em “má-fé”. “Esse serviço que tem de ser feito por camiões com gancho. Nós só tínhamos dois camiões, que continuamos a ter, e adquirimos um em segunda mão, já em 2018, mas que é manifestamente pouco para o serviço que estamos a ter”, justificou o presidente da Câmara.
Segundo o autarca, “não fazia sentido para já comprar mais até porque não tínhamos condutores disponíveis. Estamos até com um concurso para novos condutores e só nessa altura poderemos adquirir mais camiões”, defendeu.
Já o camião adquirido a que o PSD se refere, comprado em 2017, era para “lixo indiferenciado e não dá para fazer esse tipo de transporte”. “Compramos um outro desses em 2019, mas é para o lixo indiferenciado”, sustentou. “Para esse serviço com tremonha só temos dois camiões e o que recuperamos usado e recorremos a esse serviço externo depois de uma consulta externa”, explicou Alexandre Almeida.
“Fica registado que preferem contratualizar junto de uma empresa privada porque não têm motoristas”, retorquiu Rui Moutinho. “Esses motoristas vão ser libertados porque quem vai fazer a recolha do lixo selectivo é a Ambisousa”, acrescentou o presidente da Câmara.