Reconquistar a confiança dos cidadãos e voltar à presidência do município de Paços de Ferreira é o objectivo do PSD, seja a nível local seja nacional, em prol de um projecto de desenvolvimento para o concelho. Isso mesmo expressou Pedro Passos Coelho, presidente do partido, no jantar de reconhecimento aos autarcas do concelho de Paços de Ferreira, pelos 40 anos de poder local.
A Escola Secundária de Paços de Ferreira recebeu mais de 600 pessoas, entre ex-autarca, militantes, dirigentes e simpatizantes do PSD, no passado sábado, num jantar de homenagem a ex-autarcas do concelho que contou com a presente de dirigentes distritais e nacionais, como o presidente do partido, Pedro Passos Coelho .
“O PSD, em Paços de Ferreira, não quer ganhar para impedir os outros de governar”, disse Pedro Passos Coelho, sublinhando que o PSD “quer ganhar porque quer executar um projecto de desenvolvimento” para Portugal. “O que queremos em Paços de Ferreira é dizer que vale a pena apostar num modelo de desenvolvimento que olha para os investimentos que são necessários fazer nesta terra, como fizemos durante muitos anos apesar das dificuldades e que promova a educação e a saúde”, acrescentou, deixando claro que “precisamos de reformas importantes na Economia e no Estado”.
Para o presidente do partido, as centenas de pessoas que se juntaram na Escola Secundária de Paços de Ferreira são “o testemunho de admiração e apreço pelo legado deixado por muitos autarcas, mas também a inspiração que dão para olhar para o futuro. Passos Coelho recordou que, em 2013, Paços de Ferreira não era uma câmara municipal que o PSD estivesse à espera de perder”, até porque “havia um trabalho muito bom de várias gerações de autarcas”, reconhecendo também o mérito das medidas do então presidente da câmara, Pedro Pinto. “O que se passou em 2013 não está muito longe da maneira de ser e estar de quem hoje governa o País”, disse, sublinhando que o “prometido” pelos socialistas na última campanha para as autárquicas “não irá concretizar-se”. “Como hoje ilustra a realidade, não mudou um centímetro”, realçou, considerando que “as pessoas sentem-se defraudadas” e que “estão mais despertas para ouvir bem aquilo que é muitas vezes o populismo e a demagogia no debate político”.
Diminuição do investimento público
Como publicado, Pedro Passos Coelho criticou ainda o Governo pelo adiamento de investimento em obras públicas, como o IC35 que liga Penafiel a Entre-os-Rios, uma empreitada que tinha sido lançada pelo anterior Executivo e que foi suspensa já este ano. O presidente do PSD sublinhou que o actual Governo está a gastar menos do que o governo PSD/CDS em investimento público, o que considerou “uma incoerência” face ao discurso do PS e do resto da esquerda quando eram oposição. “Os dados da execução orçamental fazem realçar que, quando comparado há um anos atrás, o actual governo está a gastar menos 200 milhões de euros em investimento público”, disse, acrescentando: “Nós investimos mais no nosso governo do que neste governo que se diz de esquerda. Até obras como o IC 35 não pode e não vai ser feita porque o actual Governo não tem o dinheiro que de precisa para que as contas batam certo no défice”.
António Coelho, presidente da Comissão Política Concelhia do PSD de Paços de Ferreira, pautou o seu discurso pela importância da reconquista da confiança dos cidadãos do concelho, frisando que “este é um momento de grande importância para a vida politica do PSD de Paços de Ferreira e para o nosso concelho”. “Hoje, mais do que nunca, a bandeira dos valores do PSD tem que ser levantada bem alto, no nosso concelho”, acrescentou, realçando que “o desafio que temos pela frente é grande”, mas exequível. “Estou certo que, em Paços de Ferreira, se continuarmos a praticar os valores da união, da solidariedade e do respeito, que sempre marcaram o PSD, podemos retomar a liderança dos destinos do nosso concelho”, considerou, com a certeza que será feito “para responder às necessidades das pessoas e para trilhar um caminho de desenvolvimento em Paços de Ferreira”.