Continuam a ser depositados resíduos de “origem duvidosa” no aterro da Rima, em Lustosa, já muito contestado por ter recebido lixos provenientes de Itália.
Em comunicado, o PSD Lousada diz que os vereadores eleitos pelo partido questionaram o executivo, nas últimas reuniões de câmara, manifestando a sua preocupação sobre os resíduos que a empresa Ambitrena e outras associadas ao grupo internacional Ambigroup estão a depositar no aterro da Rima.
“É público que a Ambigroup opera em vários países europeus, sendo, aliás, uma das maiores empresas de demolições do mundo. Entre outros, este grupo de empresas trata de resíduos industriais perigosos, de resíduos de equipamentos eléctricos e electrónicos, de resíduos de construção e demolição e de acumuladores de chumbo”, explicam em comunicado.
Segundo a comissão política do PSD, o presidente da Câmara, Pedro Machado, e o vereador do Ambiente, Manuel Nunes, disseram, numa primeira abordagem, desconhecer a situação. Já na última reunião o vereador do Ambiente confirmou “que aquele grupo empresarial está a depositar resíduos no aterro da Rima”, mas disse desconhecer a proveniência geográfica”. “Sabe apenas Manuel Nunes, segundo o que lhe foi relatado pela Rima, que são resíduos resultantes da ‘decapagem’ de metais não perigosos, plásticos, papel e cartão”, referem ainda no comunicado enviado.
O PSD de Lousada diz lamentar “a falta de proactividade do pelouro do Ambiente nesta matéria”. Apela ainda a que a autarquia garanta que os resíduos depositados pela Ambigroup não são prejudiciais à população e ao ambiente, “já que não são capazes de impedir o seu depósito”, e pede mais fiscalização.
O Verdadeiro Olhar contactou a autarquia sobre estas críticas, mas não obteve resposta.