Depois das criticas feitas pela bancada social-democrata na Assembleia Municipal de Paredes ao Orçamento para 2020, o PSD Paredes voltou a criticar o documento acusando o actual executivo de “mentir”, fazer um “exercício de retórica muito fraco” e de “penalizar as empresas e as famílias”.
“Caracterizar o orçamento socialista para 2020 como “de verdade e equitativo”, como fez o Dr. Alexandre Almeida, é não só um exercício de retórica muito fraco, mas essencialmente uma ofensa aos paredenses. Por isso, O PSD Paredes exerce o seu dever político e de cidadania, clarificando o orçamento para 2020, para que os paredenses possam avaliar com rigor a acção socialista”, lê-se em nota de imprensa.
Os social-democratas alegam ser “mentira que este orçamento apresenta a despesa corrente mais baixa dos últimos anos”.
“Em primeiro lugar, é mentira que este orçamento apresenta a despesa corrente mais baixa dos últimos anos. Veja-se os números: mais de nove milhões de euros é o aumento das despesas, se tivermos como referência 2017, último ano de gestão social-democrata. 35, 7 milhões de euros contra 26,7 milhões de euros em 2017. Também as despesas com pessoal aumentaram 1,6 milhões de euros, se tivermos como referência o mesmo ano. Este executivo quer passar a imagem de que pretende gastar menos, mas os documentos oficiais mostram exactamente o contrário. Esta atitude representa uma grande falta de respeito pelos paredenses, que este executivo trata como ignorantes”, referem.
O PSD Paredes reitera, também, a ideia de que o Orçamento para 2020 penaliza famílias e empresas e desafia o executivo municipal, liderado por Alexandre Almeida, a baixar o IMI.
“É mentira que a descida do IMI tenha implicado perda de receita significativa! A alegada perda de receita com a descida do IMI (para 0,33% em 2020) não passa de um argumento oco para justificar o incumprimento das promessas eleitorais e a inacção. Em 2017, a receita com o IMI (à taxa de 0,4%) era de 7, 62 milhões de euros. Em 2020 (mesmo descendo para 0,33%) será de 7,54 milhões de euros. Uma diferença de 79 mil euros. Onde estão os 2 milhões de perdas alegados pelo presidente da Câmara? O Dr. Alexandre Almeida não tem argumentos para não baixar o IMI para o mínimo legal, em 2017, como prometeu em plena campanha eleitoral. Poderia fazê-lo, mas não quer. Este executivo está há dois anos a penalizar as famílias e vai continuar a fazê-lo!”, avançam os social-democratas.
Na nota de imprensa, o PSD assegura que autarquia recebe o máximo do valor de IRS permitido. “A “prenda” de Natal do executivo oferecida aos paredenses contempla ainda mais uma penalização: a participação fixa da autarquia no IRS manter-se-á nos 5%, representando mais 1% relativamente ao valor de 2017. Isto significa que a autarquia arrecada mais 509 000 euros em impostos vindos directamente do bolso dos contribuintes! É isto que significa um orçamento amigo das famílias? A verdade é que a verba destinada directamente às famílias baixa dos 458.000 euros previstos para 2019, para 309.000 euros previstos para 2020”, informa o partido que desmente que o valor dos impostos diminua.
“É mentira que o valor cobrado em impostos diminuiu. Aumentaram as receitas com a Derrama, 265.383 euros em relação a 2017! As receitas com o IMT aumentaram 400.000 euros em relação às arrecadadas em 2017 com o mesmo imposto, o mesmo acontecendo com o Imposto Único de Circulação, cujas receitas aumentaram quase 300.000 euros em relação ao mesmo ano. Este é um verdadeiro orçamento socialista: mais impostos para os Paredenses e obras adiadas para 2021, ano de eleições! O que é realmente verdade é a distribuição de obras e subsídios pelas instituições ‘amigas’ e pelas freguesias do PS. Onde está a propalada equidade e justiça? Este é, pois, mais um orçamento perdido e uma esperança que se apaga”, acrescenta o documento.