A proposta para desencadear a criação da Polícia Municipal de Valongo foi aprovada, hoje, em reunião de executivo com os votos contra dos eleitos do PSD.
A estrutura, que criará uma nova divisão, contará com 21 agentes e ainda, segundo o mapa de pessoal, com mais três postos de trabalho nas carreiras de assistente técnico e de assistente operacional, que serão afectos aos serviços de apoio administrativo.
Segundo o presidente da Câmara Municipal, o previsto é ter “no próximo ano, a Polícia Municipal de Valongo no activo e a reforçar o trabalho da PSP e GNR” no concelho.
Em termos de custos, José Manuel Ribeiro avançou o valor de 331 mil euros, ideia não corroborada pelo PSD.
“Quero acreditar no valor estimado de despesa que referiu, mas arrisco-me a dizer que o investimento feito ultrapassará o meio milhão de euros ano”, afirmou Luís Ramalho. O vereador social-democrata lembrou que o partido já tinha manifestado discordância com a criação desta forma policial. “Entendemos que numa altura em que passamos por uma tentativa de desresponsabilização da administração central, não faz sentido usarmos as contribuições dos nossos munícipes para reforçar a acção que deve ser da competência da PSP e GNR e já é suportada pelos nossos impostos”, argumentou o eleito.
“Isto não passa de uma vaidade. Uma vaidade demasiado cara porque estaremos a falar de meio milhão de euros ano que será nos primeiros anos largamente ultrapassado, tendo em conta que há necessidade de adaptar as instalações, de adquirir viaturas, fardamento e armamento, frisou Luís Ramalho.
O social-democrata realçou ainda que a criação da Polícia Municipal é “também um pretexto para criar mais uma divisão” na estrutura municipal. “Teremos mais um chefe de divisão e mais um cargo de comandante da polícia, que tem carreira especial e é mais onerosa”, explicou.