Foto: Fernanda Pinto/Verdadeiro Olhar

Os vereadores do PSD de Paços de Ferreira abandonaram a reunião de executivo alegando que o presidente do município, o socialista Humberto Brito, “insultou de forma desrespeitosa e antidemocrática” o vereador Miguel Martins, chegando mesmo a apelidá-lo de “parvo”.

Segundo os sociais democratas relatam em comunicado, o incidente ocorreu durante o período antes da ordem do dia, depois de o vereador Alexandre Costa (PSD) ter questionado a edilidade sobre o estado da Estrutura Residencial para Pessoas Idosas (ERPI), situada em Carvalhosa. “Em vez de responder”, o autarca “recorreu à ofensa gratuita, revelando uma postura deplorável de quem se acha acima de tudo e de todos”, o que motivou o abandono da reunião, justifica a oposição.

Na mesma nota, o PSD termina a apelidar esta postura de “arrogante e prepotente”, lamentando ainda que, e depois do sucedido, Humberto Brito tenha dado seguimento à reunião de Câmara, revelando “uma completa falta de respeito institucional e uma conduta que em nada contribui para a dignidade do órgão municipal”.

Instada pelo VERDADEIRO OLHAR sobre este incidente, a Câmara Municipal de Paços de Ferreira desmentiu as acusações do PSD explicando que o comunicado se traduz numa “tentativa de esconder aquilo foi dito” na reunião pelo PSD.

A edilidade acusa o vereador do PSD de obter “informação privilegiada do Secretário de Estado do Ambiente”, Emídio Sousa, relativamente a ETAR de Arreigada” quando “ignora” o município que tem tentado chegar à fala com o Governo sobre esta matéria.

Uma postura que é vista pela maioria de Paços de Ferreira como “um escândalo que expõe a partidarização de um assunto que deveria ser tratado com seriedade e sentido de estado”, porque a ETAR de Arreigada “exige um debate inclusivo, não manobras políticas que favorecem um único partido”.

Refere ainda o município que “a saúde ambiental e o bem-estar da população não podem ser usados como ferramentas de jogo político”, considerando “inaceitável que a falta de comunicação e transparência do Secretário de Estado agrave um problema que afeta diretamente os cidadãos”.