O projecto Cornélias Bike Sharing, lançado pela Câmara Municipal, ainda não está no terreno devido à pandemia. Trata-se de um projecto-piloto que vai disponibilizar bicicletas eléctricas de uso partilhado à população.
“O serviço está pronto a ser disponibilizado à população, no entanto devido à pandemia o início do projecto foi sucessivamente adiado até que se entenda que estão reunidas as condições necessárias de segurança. Não obstante estas questões, que têm sido um verdadeiro entrave ao lançamento do projecto, pretendemos disponibilizar o serviço a curto prazo”, adianta o vereador do Ambiente ao Verdadeiro Olhar.
Actualmente, o Cornélias Bike Sharing conta com seis bicicletas eléctricas e quatro estações de parqueamento (na Praça das Pocinhas na envolvente do CIR e do Interface Multimodal; junto ao Pavilhão Municipal/ Escola Secundária; junto ao Hiper OK e às Piscinas Municipais).
Os objectivos do projecto estão ligados à promoção da mobilidade sustentável e descarbonização, visando “”incentivar a população lousadense à adoção de práticas mais sustentáveis e seguras no uso de transportes, com especial enfoque na promoção da mobilidade eléctrica e da mobilidade activa, bem como salientar a importância de formas activas de transporte, associados a um estilo de vida com ganhos significativos para a saúde, ambiente e economia”, explica Manuel Nunes.
Esta iniciativa foi candidatada e recebeu apoios do Fundo Ambiental e do Fundo dos Transportes, tendo recebido um financiamento total superior a 51 mil euros, confirma o autarca.
Há um longo caminho a percorrer na mobilidade sustentável
Manuel Nunes afirma que “existe ainda um longo caminho a percorrer no que à mobilidade sustentável”, não só em Lousada. “É uma questão global que tem que ser concretizada a nível local. É fundamental, para se atingir objectivos ter uma estratégia bem definida e metas de concretização realistas. É um caminho que já iniciámos, mas que ainda é longo”, refereo vereador, dando exemplos.
Nos últimos anos, Lousada avançou com acções no âmbito do Plano da Acção de Mobilidade Urbana Sustentável, com a construção de cerca de 13 quilómetros de percursos desde 2017, só no âmbito deste plano, e com a construção do interface multimodal (em fase de conclusão); a implementação de iluminação pública LED; a disponibilização de postos de carregamento de veículos eléctricos (dois postos actualmente), reestruturação da rede de transportes públicos de passageiros (com a Comunidade Intermunicipal do Tâmega e Sousa); ou aquisição de frota eléctrica, elenca.
“Para além do projecto piloto Cornélias Lousada Bike-Sharing temos também em curso o projecto LUMI – Lousada´s Urban Mobility Intelligence, no âmbito do projecto europeu C-Streets, que prevê a sensorização de 70 lugares de estacionamento no centro urbano, a disponibilização de informação sobre a ocupação desses lugares, a implementação de uma rede de sensores de tráfego, a disponibilização de informação sobre a rede de transportes públicos de passageiros em mupis e a agregação desta informação numa plataforma de mobilidade”, adianta o vereador do Ambiente. “Com este projecto, também ele um piloto a nível nacional, pretende-se recolher o máximo de informação (dados) sobre vários verticais da mobilidade, como por exemplo: tráfego, estacionamento, transportes públicos, transporte escolar e desenvolver uma ferramenta que co-relacione os dados recebidos, os disponibilize num ponto de acesso nacional (NAP) e que seja determinante no apoio à tomada de decisões. Para que possamos intervencionar um território com sucesso, temos em primeira instância de o vivenciar e, sermos, o melhor possível, conhecedores do mesmo”, justifica ainda.
Fique a saber as regras de utilização do Conélias Bike Sharing aqui.