Depois da oposição na Junta de Freguesia de Croca ter anunciado em bloco a demissão, o presidente da Junta de Freguesia, António Líbano optou por manter a data da Assembleia de Freguesia, marcada para esta quinta-feira. A sessão acabou por se transformar numa reunião devido à falta de quórum e à ausência dos elementos da Coligação Penafiel Quer e do movimento independente “Dar as Mãos Por Croca”.

António Líbano confirmou ao Verdadeiro Olhar que será recandidato pelo Partido Socialista nas eleições intercalares, que acredita poderem ser realizadas em Abril.

Aos presentes, o autarca voltou a reprovar o comportamento dos elementos das duas candidaturas, subscrevendo o comunicado da concelhia do PS Penafiel que, neste processo, acusou a oposição na Junta de Freguesia de Croca de ter inviabilizado a instalação dos órgãos colegiais e de inviabilizar o seu executivo.

“Se tivesse perdido as eleições teria viabilizado o executivo que tivesse ganho porque considero que quem vence deve governar e ter condições para implementar o seu programa. Fui um dos deputados municipais que aprovou o Plano Plurianual de Actividades e no Orçamento para 2018 do concelho, embora não precisasse de o fazer porque a Coligação Penafiel Quer tem a maioria”, disse, salientando que irá dar conhecimento da demissão em bloco dos eleitos da Coligação Penafiel Quer e do movimento independente “Dar as Mãos Por Croca” ao presidente da Câmara de Penafiel, Antonino de Sousa, conforme estipula a lei.

“Comunicarei ao presidente da Câmara de Penafiel, como determina a lei, a renuncia colectiva de todos os elementos das restantes listas e o presidente da câmara, no âmbito das suas funções, irá convocar eleições intercalares que seguirão os trâmites normais”, avançou, recordando que o prazo máximo para resolver esta questão será de 180 dias.

Até lá e até que seja agendada uma data para as eleições intercalares, o autarca realçou que se manterá em funções e a junta de freguesia estará em gestão corrente.

Neste processo, António Líbano reiterou críticas às listas da oposição reforçando que estas tiveram apenas como propósito “provocar eleições intercalares e boicotar o normal funcionamento da freguesia”.

“No âmbito da decisão do Tribunal Administrativo convoquei várias assembleias. Recordo que só o presidente da Junta de Freguesia pode apresentar nomes, mais ninguém tem essa prerrogativa e eu apresentei o nome da Ana Cristina. Houve quatro nomes que diziam sim e cinco que diziam Nuno Brochado. Eu não sei o que é isso de Nuno Brochado. São votos nulos porque eles não podem propor nomes e eu declarei eleita a Ana Cristina com quatro votos a favor e cinco votos nulos. Quando íamos avançar para a eleição do segundo vogal, os elementos da oposição ausentaram-se da sala. É um direito que lhes assiste, mas claramente boicotaram o processo. Podiam ter ido para tribunal, mas deixaram passar os prazos e depois quando perceberam que já não havia nada a fazer, só havia uma forma de reverter isto tudo, que era fazer aquilo que sempre se predispuseram a fazer desde o início que foi boicotar o normal funcionamento da freguesia de Croca”, expressou, frisando que, neste dossier, os mais prejudicados são os croquenses que estão há meses sem um executivo eleito.

António Líbano manifestou, por outro lado, que se mantém disponível para continuar a defender os interesses da freguesia.

“Não obstante as dificuldades criadas continuaremos a trabalhar ao serviço de todos, empenhados em cumprir até ao último dia, até ao limite das nossas capacidades, o mandato que os croquenses nos deram no passado dia 1 de Outubro, respeitando aquela que foi a vontade da maioria das pessoa , sendo meu desejo dar continuidade ao trabalho desenvolvido nos últimos quatro anos. Não provocamos estas eleições nem entendemos que elas sirvam o superior interesse dos croquenses, mas iremos com humildade a votos porque acreditamos que Croca não pode parar. As manobras de secretaria não podem travar o amor que temos a esta terra”, avançou.