Foto: ADISCREP (DR)

“O Presidente da Câmara de Penafiel será o coveiro da Universidade Sénior”. A afirmação é da ADISCREP, a Associação para o Desenvolvimento de Penafiel, que avança que o “Tribunal não decidiu definitivamente sobre o caso: o processo principal ainda decorre”, sendo que a recente decisão judicial diz apenas respeito à providência cautelar interposta.

Em nota enviada ao VERDADEIRO OLHAR, a associação explica que “a recente decisão do tribunal”, e que foi veiculada pelo município, não altera em nada a luta dos alunos e professores”, uma vez que o Tribunal apenas de pronunciou em relação a “questões puramente formais ou processuais”, a providência cautelar e que pode ser alvo de recurso, mas “não sobre a justiça ou injustiça da decisão”, sendo que o resultado da ação principal ainda é desconhecido.

A DISCREP lamenta que o autarca Antonino de Sousa esteja a ignorar “o impacto devastador que as suas decisões podem ter sobre os idosos e a comunidade local”, elencando que caso o edil “siga por este caminho, será o responsável pelo fim de um projeto que tem sido vital para o bem-estar e desenvolvimento de muitos seniores de Penafiel”.

ADISCREP vai continuar a lutar pela manutenção das instalações

Apesar de reconhecer que “trava uma luta contra Golias”, a Universidade Sénior assegura que não vai desistir de se manter nas atuais instalações, “em defesa do interesse público”.

Refira-se que, o diferendo entre a associação e a autarquia começou porque a Câmara Municipal de Penafiel celebrou, em 2014, um contrato de 20 anos de cedência de instalações com a ADISCREP. Mas, em dezembro do ano passado, o município informou que a coletividade tinha que abandonar o espaço, para ali instalar serviços municipais, oferecendo como alternativa uma antiga escola, situada na freguesia de Novelas.

Uma opção que a ADISCREP contesta, garantindo que é longe do centro da cidade e “coloca em risco o acesso dos alunos e dos professores”, traduzindo-se ainda numa “falta de respeito pelos 80 seniores e equipas de trabalho, pois os acessos obrigam a deslocação em carro próprio que muitos não têm”.

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