Perante o parecer, não vinculativo, da ERSAR – Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos, que “reprovou” a decisão de resgate da concessão de água e saneamento da Câmara de Paredes, o CDS-PP emitiu um comunicado acusando a autarquia de “irresponsabilidade”.
Ana Raquel Coelho, vice-presidente da concelhia, argumenta que o executivo PS “sempre afirmou em Assembleia Municipal que só depois de conhecido o parecer da ERSAR é que levariam o assunto para discussão naquele órgão”. “Mas o que verificamos mais uma vez, é que dizem uma coisa e fazem outra”, acusa.
“Não é só grave por mentirem aos paredenses, é mais grave ainda porque, tendo conhecimento que o resgate foi manifestamente chumbado pelo regulador tenham ocultado o resultado, talvez à espera que passasse despercebido, ou que a população se esquecesse”, diz ainda, lembrando que desde Março que o CDS tinha perguntado pelo parecer da ERSAR, afirmando que “se não o tivesse, teria sido uma total irresponsabilidade ao avançar para o resgate e para um empréstimo”.
Ana Raquel Coelho argumenta ainda que o modelo económico proposto pela câmara não é mais benéfico do que o da Be Water e que, assim só se pode “concluir que o preço da água não vai descer mas subir, e que a indemnização a pagar custará aos cofres da autarquia largas dezenas de milhões de euros, questão que, de forma eleitoralista, este executivo quer empurrar para depois das eleições”.
Tema é debatido hoje em reunião de executivo.