O Prazo Médio de Pagamentos da Câmara Municipal de Penafiel ronda os 200 dias. A informação foi avançada por Antonino de Sousa durante a última Assembleia Municipal, realizada na passada quarta-feira.
Os dados surgiram em resposta a uma questão lançada pelo Partido Socialista. “Chegamos a falar aqui em 300 dias e negaram, disseram que os cálculos estavam errados. Mas somos a segunda pior câmara do distrito do Porto a este nível. Qual é afinal o prazo médio de pagamentos do município de Penafiel? Isto tendo em conta que a Câmara deixou de prestar informação à DGAL”, questionou Nuno Araújo.
O socialista referia-se à actualização mais recente da Direcção-Geral das Autarquias Locais sobre os prazos médios de pagamentos das câmaras municipais do país que elencava as autarquias que pagavam a mais de 60 dias no final do 4.º trimestre de 2017. Nesse documento não constava o prazo médio de pagamentos da Câmara de Penafiel, surgindo o município entre os 14 com informação em falta ou não validada.
O último prazo médio de pagamentos conhecido da Câmara de Penafiel era de 207 dias, em Junho do ano passado.
O presidente da Câmara Municipal esclareceu que sempre remeteram os respectivos dados à DGAL como está previsto na lei. “Por razão do sistema informático da própria DGAL os dados não foram apresentados, como já aconteceu noutras ocasiões”, defendeu o autarca.
Actualmente, adiantou Antonino de Sousa, o prazo médio de pagamentos da autarquia continua a rondar os 200 dias. “Gostávamos que fosse melhor e vamos continuar a trabalhar”, prometeu.
Dívida aumentou? Coligação diz que não
Foi também Nuno Araújo quem levantou a questão da dívida do município, afirmando que, no último ano, esta teria aumentado cerca de sete milhões de euros. “O município está perto de esgotar a sua capacidade de endividamento que ronda já os 77%”, criticou o socialista.
Carlos Pinto, eleito pela Coligação Penafiel Quer (PSD/CDS) estranhou esta afirmação. “Diz que a dívida está a aumentar quando as contas ainda não foram encerradas. Com que base é que diz isso?”, questionou.
Mais tarde, Antonino de Sousa lembrou que as contas serão analisadas em Abril, mas deu a entender que a dívida voltou a baixar. “Há um ano a descida foi de cinco milhões de euros. A descida não será agora tão significativa porque tivemos a execução de fundos comunitários que obrigou a um maior esforço do município. Mas, com certeza, teremos números positivos”, disse.