Duas viaturas afectas ao programa Escola Segura” da GNR foram, esta sexta-feira, entregues pela Câmara de Paredes ao Comando Territorial do Porto da GNR, em cerimónia que decorreu nos Paços do Concelho e contou com várias autoridades do distrito.
As duas viaturas ligeiras vão permitir reforçar aqueles postos territoriais, principalmente no vector mobilidade e na prossecução do policiamento de proximidade e serão empenhadas no cumprimento das diferentes missões atribuídas à GNR.
Os dois carros vão permitir, também, uma melhor e mais eficaz resposta às solicitações da população, principalmente as derivadas do âmbito do programa “Escola Segura”.
Uma das viaturas foi oferecida pela Câmara de Paredes à GNR e a outra pelo Grupo JAP Paredes à autarquia que a doou, por sua vez, ao Comando Territorial do Porto da GNR.
Na cerimónia, o comandante do Comando Territorial do Porto, coronel Jorge Ludovico Bolas, realçou que os recursos são sempre escassos pelo que estas duas viaturas vão contribuir para reforçar o policiamento de proximidade.
“As viaturas estão onde são precisas e reafectamos dentro das necessidades. Neste caso, com a parceria da autarquia, foram-nos entregues duas viaturas para os postos de Lordelo e Paredes e essas sim serão redireccionadas para o policiamento de proximidade e para estar próximo das escolas. Estamos a falar de dois meios auto relevantes na medida em que vão permitir afectar militares a estas áreas em concreto”, disse, reconhecendo que não chega ter meios auto, se não existirem recursos humanos e vice-versa.
“Isto significa que os meios têm de ser reajustados permanentemente e é isso que procuramos fazer todos os dias. Fazer uma gestão com parcimónia dos recursos que temos”, concretizou.
Questionado sobre a falta de recursos humanos, o coronel Jorge Ludovico Bolas assumiu que algumas dessas limitações são transversais à sociedade.
“Todos vivemos com as dificuldades inerentes ao que é o nosso trabalho e as viaturas são recursos que se vão deteriorando com o tempo e a sua substituição é onerosa como é do conhecimento e, portanto, o Estado faz isso com alguma parcimónia, mas precisa utilizar as parcerias porque a segurança é uma área que é todos. Queremos agradecer a colaboração da Câmara de Paredes porque veio trazer um conjunto de recursos que ajudam a GNR a trazer a segurança às pessoas”, assumiu.
Sobre o cenário das necessidades na região em termos de segurança, coronel Jorge Ludovico Bolas, defendeu que esta é uma área com um volume significativo de pessoas, mas a intervenção dos agentes e actores da GNR têm ajudado a minimizar esses mesmos problemas.
“Estamos a falar de uma região que tem problemas em consonância com o volume de pessoas. Pese embora os recursos não terem aumentado, a evolução da criminalidade tem sido favorável. O empenho dos militares e civis da Guarda têm ajudado a minimizar as carências actuais e a trazer mais segurança às pessoas”, atalhou.
“Sendo Paredes um município com um povoamento disperso, com mais de 90 mil habitantes, a autarquia tem também a incumbência de fomentar e zelar pelas condições de segurança das pessoas”
O presidente da Câmara de Paredes, Alexandre Almeida, desmentiu a ideia de que a Câmara de Paredes esteja a substituir-se ao Estado, recordando que é obrigação do município contribuir para o incremento da segurança do município.
“Somos responsáveis pela protecção civil, a GNR tem um papel fundamental da Protecção Civil, assim com os bombeiros e os serviços municipais. Sendo Paredes um município com um povoamento disperso, com mais de 90 mil habitantes, a autarquia tem também a incumbência de fomentar e zelar pelas condições de segurança das pessoas. Além do mais, a Câmara de Paredes não é a primeira autarquia a fazer um protocolo destes, muitas outras câmaras têm feito a mesma coisas até com outra dimensão e só tenho pena de não ter uma situação financeira diferente para poder acompanhar esse esforço ”, avançou, manifestando que é seu desiderato continuar a colaborar de forma mais intensa com a Protecção Civil de Paredes, assim a situação financeira da câmara se altere.
O chefe do executivo relembrou, também, que o concelho dispõe de 14 centros escolares, mais de 10 jardins-infantis, o pólo da Cespu, sendo que mais de 50% dos alunos são não residentes.
“Existem questões culturais, um caldeirão de nacionalidades diferentes, a possibilidade de ocorrência de eventuais incidentes e este policiamento vai ajudar a minimizar essas situações”, acrescentou.
No final da sessão solene, procedeu-se à cerimónia de entrega das viaturas que contou com a presença de várias entidades.