Quatro portadores de deficiência da região, com responsabilidades associativas, enviaram uma carta ao primeiro-ministro, ao ministro-adjunto e da Economia, à ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social e à secretária de Estado da Inclusão das Pessoas com Deficiência, pedindo medidas de apoio e de protecção do emprego para esta população.
Adão Barbosa, presidente da delegação de Paredes da Associação Portuguesa de Deficientes, Cristiano Magalhães, embaixador da Associação Salvador e associado da APD, Gonçalo Novais, director do jornal Penafiel Magazine, e Vítor Lopes, dirigente da Inclusão Sobre Rodas Associação, exigem ao Governo inclusão com “a estabilização dos postos de trabalho bem como da agilização de medidas de promoção futura do emprego de pessoas com deficiência e incapacidade (PCDI)”.
“Na iminência de tempos difíceis para o nosso país, há muitos portugueses em situação muito frágil, que olham para o seu futuro com uma incerteza muito grande. As PCDI fazem parte deste grupo de pessoas em grande risco que, na proximidade de um período de grande turbulência, estão na linha da frente para serem das grandes excluídas de um mundo laboral já de si pouco favorável para elas, e que lhes trará uma redução substancial de oportunidades de emprego, se nada for feito”, argumentam.
Para estes quatro responsáveis associativos, a estabilização da situação laboral das pessoas já integradas no mercado de trabalho deve ser “uma prioridade imediata, nomeadamente entre as PCDI que tenham um contrato a termo ou estejam integrados em medidas de apoio à contratação”.
“A possibilidade de criar isenções fiscais às empresas privadas que empreguem PCDI, e a prorrogação automática, até um período máximo de dois a três anos, de todos os estágios profissionais ou contratos de emprego-inserção já em vigor com estas pessoas seriam medidas tremendamente eficazes nesta primeira fase. Paralelamente a isto, era importante dinamizar as medidas já existentes, e acelerar processos para a integração destes cidadãos no mercado de trabalho, com especial destaque para o contrato de emprego apoiado em mercado aberto”, defendem.
Em nota de imprensa, pedem o caminho da inclusão e lembram que os portadores de deficiência apesar de serem “uma grande mais-valia para o país”, ainda são “discriminados e ostracizados no acesso a oportunidades de emprego e realização profissional”.