Os mais recentes dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) sobre a população residente em Portugal e por município em 2019, mostram que a maioria dos concelhos da região tem perdido população. Valongo, a par de mais alguns concelhos da Área Metropolitana do Porto está em contraciclo.
As Estatísticas Demográficas 2019 mostram que, nesse ano, a população residente em Portugal foi estimada em 10.295.909 pessoas, um aumento de 19.292 habitantes relativamente ao ano anterior, que corresponde a uma taxa de crescimento efectiva de 0,19%. “Para esta variação populacional contribuiu o valor positivo do saldo migratório (44.506) que compensou o valor negativo do saldo natural (25.214)”, lê-se.
O Norte é a região (NUTS II) onde reside o maior número de pessoas (3.575.338 em 2019).
À excepção de Valongo, os concelhos da região – Lousada, Paços de Ferreira, Paredes e Penafiel – têm taxas negativas ou nulas de crescimento efectivo. Nos últimos anos a população tem vindo a diminuir.
Na Área Metropolitana do Porto, Valongo está em contraciclo como concelhos como Maia, Porto ou Matosinhos onde a população residente tem crescido, mostram os dados do INE. Em Valongo houve uma variação positiva de 874 em 2019, uma taxa de crescimento efectivo de 0,9%. Nos últimos cinco anos – entre 2015 e 2019 – a população do concelho aumentou 2357 pessoas, chegando agora às 97.444.
Com 86.067 pessoas, menos cinco que em 2018, Paredes está a perder população, embora tenha havido um aligeirar nos últimos dois anos. Ainda assim, nos últimos cinco, são menos 601 os residentes no concelho.
Quando olhamos para o Tâmega e Sousa as quebras de população são transversais aos 11 municípios que integram a região. Nos últimos cinco anos há menos 9.599 pessoas a residir nestes concelhos.
Dos que estão em análise, Penafiel sofreu a maior perda: 1251 pessoas em cinco anos e 150 em 2019. O concelho tinha, nesse ano, apontam os números, 69.772 habitantes.
Lousada também tem perdido população desde 2015 – menos 421 pessoas até 2019 e menos 35 nesse ano –, mas desde 2017 as quebras são inferiores. Tinha em 2019 6.755 habitantes.
Em Paços de Ferreira, apesar de um crescimento de quatro pessoas em 2018 e 19 no ano seguinte, os ganhos não compensam as perdas populacionais de 2016 e 2017. Em cinco anos, o concelho reduziu a população em 256 pessoas. Em 2019 residiam lá 56.728 habitantes.
À excepção de Penafiel, todos estes concelhos têm saldo natural positivo, ou seja, ainda se nasce mais do que se morre.
Os cinco municípios têm ainda um índice de envelhecimento abaixo da média nacional e do Norte. Mantém-se em Portugal, diz o INE, a tendência de envelhecimento demográfico em função da redução da população jovem e em idade activa, associada ao aumento do número de pessoas idosas.
